O mundo moderno vive um de seus períodos mais quentes, reflexos das mudanças climáticas em curso no planeta. Com a exploração indiscriminada da natureza, poluição e degradação ambiental, emissões de gases do efeito estufa na atmosfera, entre outras agressões ao ecossistema global, a população passa a enfrentar as consequências que a crise do clima traz, entre elas o calor extremo.
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo registrou um aumento de 102,5% nos atendimentos motivados pelo calor em 2023. Nos primeiros sete meses do ano, foram 312 pacientes encaminhados a ambulatórios ou internações. No mesmo período de 2022, esse número foi de 154.
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Cinco pessoas morreram em 2023 após sentirem sintomas relacionados ao calor, acrescentou a pasta. "Pessoas com mais de 60 anos, crianças com menos de quatro anos e pessoas com deficiências cognitivas são as mais afetadas", diz a secretaria, já que há "capacidade reduzida de perceber ou comunicar a sede e regular a própria temperatura".
Pasta divulgou balanço como alerta às temperaturas extremas do fim de semana. Todo o estado de São Paulo está sob alerta de "grande perigo" até a próxima terça-feira (26).
RECOMENDAÇÕES PARA A ONDA DE CALOR
A Secretaria de Saúde recomenda a todos:
- Tomar um litro e meio, no mínimo, de água -a ser ingerida ao longo do dia e não de uma vez só;
- Deixar ambientes arejados e utilizar roupas leves;
- Realizar exercícios físicos ou passeios somente antes das 10h ou após as 16h, evitando ficar exposto ao sol extremo.
- Nunca deixar crianças fechadas dentro do carro, mesmo que seja por períodos curtos.
De acordo com a secretaria, "sinais de sonolência, letargia, fraqueza, dores de cabeça persistentes e resistentes a analgésicos, tontura intensa, náusea, vômito e convulsões são sinais de desidratação e excesso de temperatura corporal extremos e devem levar qualquer pessoa, de qualquer idade, a buscar assistência médica imediata. Crianças pequenas podem apresentar outros sinais físicos, como leve depressão na região da moleira."
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