
Depois de algum tempo fora do radar da maioria da população, a Covid-19 volta a chamar atenção com a emergência de uma nova variante, batizada de Stratus (XFG). Em poucas semanas, ela já se tornou a cepa dominante no Reino Unido, superando a anterior, conhecida como Nimbus, segundo dados da Agência de Segurança em Saúde do Reino Unido (UKHSA).
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Além da rápida disseminação, um dos principais alertas em torno da Stratus é a sua capacidade de escapar da imunidade adquirida em infecções anteriores ou mesmo por meio da vacinação, o que aumenta o risco de reinfecção. Ainda assim, os especialistas destacam que ela não tem causado quadros mais graves do que outras variantes recentes.
Sintoma curioso: a rouquidão
Um sintoma incomum vem chamando a atenção dos médicos: rouquidão. De acordo com o clínico geral Kaywaan Khan, esse pode ser o principal sinal visível da infecção pela nova cepa, a voz fica áspera ou fraca, algo ainda raro entre os sintomas mais comuns da doença.
Outros sinais seguem o padrão das variantes anteriores, com dores de cabeça, febre leve e mal-estar, mas a Stratus costuma provocar sintomas leves a moderados na maioria dos casos.
Alta transmissibilidade preocupa
Mesmo com sintomas aparentemente brandos, a nova cepa tem se mostrado altamente contagiosa, especialmente pelas subvariantes XFG e XFG.3, que se espalham com rapidez.
Segundo o virologista Lawrence Young, mutações recentes podem estar tornando o vírus mais eficiente em driblar as defesas do organismo, o que preocupa diante da baixa adesão às doses de reforço e da queda na percepção de risco da população.
“Estamos vendo um vírus que continua evoluindo. Sem uma resposta imunológica atualizada, a vulnerabilidade da população aumenta”, alertou o especialista ao MailOnline.
Situação global
A Organização Mundial da Saúde (OMS) já classificou a Stratus como “variante sob monitoramento”. Atualmente, ela representa cerca de 22% dos casos de Covid-19 no mundo, superando a Nimbus, que responde por 17% das infecções no Reino Unido.
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Diante do cenário, médicos e autoridades de saúde recomendam atenção aos sintomas, testagem em caso de suspeita e isolamento em caso de diagnóstico positivo, mesmo sem gravidade. A vacinação com dose de reforço continua sendo a principal forma de proteção contra agravamentos da doença.
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