A "mancha de lixo" do Pacífico Norte é uma área enorme no oceano onde há um grande acúmulo de resíduos de plástico. O acúmulo de sujeira acontece devido as correntes de água que levam dejetos até lá. Apesar da poluição, um novo estudo aponta que o local também abriga um rico ecossistema do qual fazem parte diversas criaturas marinhas.
O estudo foi feito por pesquisadores da Universidade de Hull e Liverpool, no Reino Unido, e da Universidade de Georgetown e Havaí, nos Estados Unidos, e publicado na revista científica PLOS Biology.
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Em sua pesquisa, os cientistas descobriram que na "mancha de lixo" vivem águas-vivas, caracóis e cracas, além do nêuston marinho, um componente planctônico. Eles são levados até o local pelas correntes marítimas responsáveis pela circulação do plástico na região.
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Durante oitenta dias, os especialistas coletaram amostras de vida flutuante e resíduos na área e descobriram que as criaturas marinhas eram mais abundantes dentro do lixo do que em sua periferia.
Segundo os pesquisadores, a ocorrência de resíduos plásticos foi positivamente correlacionada com a abundância de três grupos de criaturas marinhas flutuantes: jangadas marinhas (Velella sp), botões azuis do mar (Porpita sp) e caracóis marinhos violetas (Janthina sp).
Os cientistas concluíram que as mesmas correntes oceânicas que concentram resíduos plásticos nos giros oceânicos podem ser vitais para os ciclos de vida dos organismos marinhos flutuantes, reunindo-os para se alimentar e acasalar. “A ‘mancha de lixo’ é mais do que apenas uma mancha de lixo. É um ecossistema, não por causa do plástico, mas apesar dele”, afirmou Rebecca Helm, líder do estudo.
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