No mercado automotivo, muito do que parece ser, não é. Na maioria das vezes, montadoras desenvolvem adereços de gosto duvidoso, apenas para dar uma aparência mais refinada e esportiva aos veículos, servindo, na verdade, apenas como decoração.
A moda do momento são as ponteiras de escapamento duplas ou quádruplas - que, na verdade, escondem um sistema de exaustão simples e nem estão conectadas às respectivas tubulações. Existem outros exemplos dessas "falsidades automotivas", que são mais ou menos transparentes aos consumidores, dependendo da marca.
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Veja cinco exemplos e deixe a sua opinião nos comentários.
Barras do Teto
As barras de teto são um aspecto sofisticado aos veículos e muitos modelos trazem o item apenas nas versões mais caras. Além do visual, são úteis, permitindo o transporte de bicicletas e de baús para ampliar a capacidade de carga original de fábrica.
Contudo, existem carros nos quais essas barras são apenas enfeites para compor o visual aventureiro. Esse é o caso do Renault Kwid Outsider, que traz um alerta nas respectivas barras: "Atenção - Não aplicar carga".
Ponteiras de escapamento falsas
Como comentamos na abertura desta reportagem, as ponteiras de escapamento "fake" têm sido usadas por várias fabricantes de veículos, incluindo marcas de luxo como Mercedes-Benz e Audi.
São geralmente apliques com aparência cromadas inseridos no para-choque traseiro - alguns trazem até uma abertura para reforçar a impressão de que funcionam de verdade.
Só que, muitas vezes, nem estão ligados aos tubos de exaustão do motor. O Volkswagen Taos da foto acima é um exemplo. Para tirar a "prova dos nove", basta se agachar e dar uma olhada embaixo do para-choque.
Saída de ar só de enfeite
Seguindo a mesma linha do escapamento fake, muitas fabricantes têm colocado nos seus carros saídas de ar falsas. Sua instalação é bastante comum nos para-lamas dianteiros - que, em determinados modelos de maior performance, são realmente perfuradas, para auxiliar no arrefecimento dos freios e também para melhorar a aerodinâmica.
Em alguns casos, os apliques aparecem no capô, mas não têm qualquer tipo de abertura. A Fiat Strada, a Ford Ranger e o Renault Duster são exemplos de veículos que trazem esse tipo de adereço nos para-lamas.
Imitação de fibra de carbono
Aqui é um exemplo de revestimento do tipo "parece, mas não é". Conhecida por combinar elevada rigidez com baixo peso, a fibra de carbono é usada até na estrutura de automóveis, mas ainda é um material bastante caro.
Isso não impediu as marcas de reproduzirem a aparência trançada e na cor grafite da fibra, só que sem as características que a fizeram tão famosa. O Peugeot 208, por exemplo, traz essa imitação em boa parte do respectivo painel, mas não é a única.
Bancos de couro
Ainda é muito comum observar a lista de equipamentos de determinado veículo e encontrar a descrição "bancos de couro". Só que hoje raramente o revestimento dos assentos é, de fato, couro de verdade, de origem animal.
Até em carros de marcas tidas como premium, o material ali usado é sintético, derivado do petróleo, mas com aparência e textura muito semelhantes às do couro legítimo. Essa semelhança depende muito da qualidade do material utilizado.
Vale destacar que empresas como a Jaguar Land Rover têm abertamente migrado para o chamado "couro sintético" por razões nobres: respeito aos animais e sustentabilidade.
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