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Queda no desmatamento da Amazônia se consolida sob Lula

Nos seis meses finais do último ano, durante governo de Jair Bolsonaro (PL), os alertas na Amazônia cresceram 54,1%, enquanto no início de 2023, na gestão Lula (PT), houve queda de 42,5%.

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Imagem ilustrativa da notícia Queda no desmatamento da Amazônia se consolida sob Lula camera Ao mesmo tempo, porém, o cerrado alcançou o recorde de avisos do histórico do Deter, com 6.359 km² derrubados -16,5% a mais que no período anterior. | ( Reprodução )

A Amazônia registrou queda de 7,4% nos alertas de desmatamento de agosto de 2022 a julho de 2023 em relação ao mesmo período anterior (2021-2022). A área de floresta derrubada no período foi de 7.952 km², o menor valor desde o intervalo 2018-2019. Ao mesmo tempo, porém, o cerrado alcançou o recorde de avisos do histórico do Deter, com 6.359 km² derrubados -16,5% a mais que no período anterior.

Nos seis meses finais do último ano, durante governo de Jair Bolsonaro (PL), os alertas na Amazônia cresceram 54,1%, enquanto no início de 2023, na gestão Lula (PT), houve queda de 42,5%. Já no cerrado, o aumento que era de 15,7% acelerou para 20,7% na gestão petista.

A atualização positiva para a floresta e preocupante para o cerrado ocorre dias antes da Cúpula da Amazônia, que ocorrerá na próxima semana em Belém, no Pará. A comparação entre o segundo semestre de 2022 e o primeiro de 2023 também ilustra essa discrepância entre o que acontece nos dois biomas.

Os dados foram divulgados na manhã de ontem (3) pelos ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima e da Ciência, Tecnologia e Inovação. Como vem ocorrendo nos últimos meses, a taxa mensal de desmatamento foi anunciada em uma entrevista coletiva. Anteriormente, tais informações eram somente atualizadas na plataforma do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

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Alertas de desmatamento batem recorde no Cerrado

Os dados de alerta de desmate são referentes ao sistema de monitoramento Deter (Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real), do Inpe, atualizado constantemente. O Deter foi desenvolvido para servir de apoio a operações de fiscalização contra crimes ambientais. Mas dados produzidos pelo sistema têm ajudado a mostrar tendências no nível de desmate dos biomas.

“Quando vemos que a queda no desmatamento na Amazônia aconteceu em vários estados e municípios, vemos que temos uma queda consistente”, afirmou a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente.

A ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, disse que durante a Cúpula da Amazônia a pasta fará anúncios de novos investimentos ligados à questão ambiental. “Nossos investimentos dialogam com a infraestrutura de ciência e tecnologia para ajudar [o meio ambiente] e também com o desenvolvimento sustentável, o setor produtivo e as novas bases tecnológicas”.

Os alertas de desmatamento na Amazônia para o mês de julho foram de 500 km², o valor mais baixo desde 2017 (458 km²). No consolidado dos últimos 12 meses, é o mais baixo desde 2018/2019.

E a tendência na Amazônia nos últimos meses tem sido de queda em relação aos mesmos meses do ano anterior, o último do governo Bolsonaro. Houve momentos de diminuição expressiva, como em junho (redução de mais de 40% em relação a junho de 2022) e abril (redução de quase 68%). Mas, ao mesmo tempo, dentre os primeiros sete meses do governo Lula, o mês de maio teve registro de derrubada superior a 800 km² e houve um recorde mensal, em fevereiro (mais de 320 km² derrubados), com um salto de 62% de destruição em relação a fevereiro anterior.

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