Para algumas pessoas, o mês de julho é uma época muito esperada, por proporcionar descanso e viagens aguardadas para quem deseja uma pausa para recuperar as energias antes do final ano. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Qualibest com mais de 2 mil pessoas, 76% dos brasileiros se planejam antes de viajar nas férias. Isso significa que a maioria das pessoas faz preparativos já pensando também na volta, com o intuito de não prejudicar o orçamento familiar. No entanto, ainda existem aqueles que preferem deixar a organização para a última hora.
Para o professor do curso de Administração da Estácio, Fernando Cabral, o segredo para não passar os gastos é pré-definir uma estimativa daquilo que você pretende gastar. "Uma dica é fazer um orçamento base e uma análise prévia do local para a qual você deseja ir, assim como todos os possíveis gastos que você pretende fazer, como alimentação, hospedagem, transporte e o próprio lazer. De maneira geral, isso implica em custos", explica. Além disso, é fundamental reservar um valor para possíveis emergências, como trocar o pneu do carro, por exemplo.
Caso esse planejamento não tenha sido feito, uma dica do professor é analisar as finanças e definir quais são os custos fixos e potenciais custos variáveis do período subsequente do retorno das férias, como a conta de energia, transporte, saúde, aluguel ou financiamento, mensalidade universitária ou escolar no caso de quem tem filho, entre outras despesas, inclusive o próprio lazer cotidiano. Se, no cálculo final, a família observar que precisará de um valor extra para cobrir as despesas, uma saída é o empréstimo, ou seja, a obtenção de recursos de alguma instituição financeira para se organizar nesse período seguinte. A escolha deve levar em consideração as instituições que oferecem os juros mais baixos.
“Nas aulas de educação financeira, sempre explico que é importante tomar nota sobre os gastos. Inicialmente aqueles valores com o maior consumo da renda são mais fáceis de serem analisados. Mas é importante observar também os custos menores, que juntos podem alcançar uma parcela muito significativa do orçamento. Portanto, é necessário verificar dentro desse planejamento se é possível reduzir alguma despesa, tendo em vista que isso pode resultar em uma diminuição significativa nos gastos e, consequentemente, proporcionar um maior alívio financeiro para a pessoa", conclui.
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