
Não só Belém, mas o mundo todo se prepara para debater assuntos climáticos e ambientais em novembro, no Brasil. Para isso, a participação dos Povos Indígenas é fundamental para o evento.
O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado dos Povos Indígenas (Sepi), realiza uma nova etapa da Caravana dos Povos Indígenas Rumo à COP30, desta vez na etnorregião de Oriximiná, ao norte do Rio Amazonas. O território concentra a maior floresta tropical contínua protegida do planeta, com área quatro vezes maior que a França, considerada uma das regiões mais estratégicas do mundo para o enfrentamento da crise climática.
Essa etapa reunirá cerca de 15 povos indígenas em uma mobilização que integra a preparação do estado para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será sediada em Belém, no mês de novembro. A Caravana é uma ação estratégica que fortalece a escuta, a formação e a articulação das comunidades indígenas a partir de seus próprios territórios.
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As atividades incluem capacitação coletiva sobre a conferência das partes, rodas de conversa, oficinas temáticas, debates intergeracionais e plenárias de proposição. Jovens, mulheres e lideranças tradicionais participam da construção coletiva de propostas que serão levadas à COP30 em defesa do clima, com base em experiências e desafios vividos diretamente nas aldeias.
“Essa caravana é um movimento inédito e histórico, que nasce dos territórios e vai até a COP30. Estamos promovendo escuta, preparando nossas lideranças e garantindo que os povos indígenas tenham presença qualificada no maior evento climático do planeta”, afirma a secretária de Estado dos Povos Indígenas, Puyr Tembé.
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Os temas abordados incluem justiça climática, governança territorial, adaptação às mudanças do clima, financiamento climático, proteção da biodiversidade e bioeconomia de base comunitária. A etapa em Oriximiná é considerada simbólica por acontecer em uma região de alta relevância ecológica e cultural, onde há experiências concretas de resistência e manejo sustentável da floresta.
Com essa mobilização, o Pará reafirma seu compromisso com o fortalecimento da governança climática, a valorização dos saberes ancestrais e o protagonismo dos povos indígenas na construção de soluções ambientais para a Amazônia e para o mundo. A Caravana também projeta o estado como referência nacional e internacional em políticas públicas inclusivas e sustentáveis.
As próximas etapas da Caravana seguirão pelas demais etnorregiões do Pará, mobilizando mais de 50 povos indígenas em todo o estado.
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