O mês do Orgulho LGBTI + está sendo celebrado com conscientização e principalmente luta por direitos mais efetivos para a comunidade em uma relação de movimentos sociais e moradores de Belém.
Nesta sexta e sábado, 16 e 17 de junho, a capital paraense será sede para a discussão dos direitos das pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais (LGBTI+), durante a realização do 1º Fórum Belém LGBTI+. O evento tem como objetivo debater temáticas importantes para a população e nele será assinado do Projeto de Lei que institui Conselho Municipal de Direitos da População LGBTI+ de Belém.
+ Parada do Orgulho LGBT+ em SP cobra políticas públicas
+ Brasil registrou 273 mortes de pessoas LGBT+ em 2022
“É fundamental que as pessoas participem deste momento histórico e tão importante para a população LGBTI+ em Belém. Temos neste Fórum a possibilidade de discutir o presente e o futuro dos nossos e garantir que as políticas públicas avancem respeitando também os nossos direitos”, afirma Marcos Melo, presidente da ONG Olivia.
Os fóruns são importantes ferramentas para o diálogo e a construção de conhecimento coletivo. Neles, a sociedade civil, poder público, movimentos sociais e demais instituições se reúnem para debater tudo aquilo que envolve determinada temática ou parcela da sociedade. No caso do 1º Fórum Belém LGBTI+, o propósito é discutir os direitos da população LGBTI+ e tudo aquilo que afeta direta ou indiretamente a vida dessa população.
“Não podemos mais aceitar ataque aos nossos direitos. Queremos que a população LGBTI+ tenha acesso à cidadania, e quando falo isso é desde o que parece ser básico para algumas pessoas como a alimentação. Tem muita gente que é LGBTI+ e está passando fome, não tem onde morar, não tem emprego. Precisamos urgentemente transformar essa realidade. E para isso, é necessário que todos assumam a responsabilidade. Os governos, os parlamentares, as instituições públicas e privadas. E o Fórum é também esse espaço, para cobrarmos e refletirmos sobre alternativas que socorram quem precisa”, acrescenta Marcos.
Durante o Fórum, será sancionado pelo Prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, o Projeto de Lei que institui o Conselho Municipal de Direitos da População LGBTI+ de Belém, ferramenta de participação social que visa definir metodologias deliberativas nas políticas para esta população. “Nós, da Olivia, estamos acompanhando a construção deste projeto de lei há mais de um ano. Junto com representantes de outras instituições do movimento social e da CDS, escrevemos este projeto que foi encaminhado à Câmara Municipal de Belém. Estamos muito felizes em ver mais esta ferramenta avançando depois de muita luta e reinvindicação”, afirma Marcos.
Mais de 300 pessoas são esperadas para participarem da programação que ocorre em dois dias, no Campus Guamá da UFPA. O primeiro dia, realizado no Auditório do Instituto de Ciências Jurídicas da UFPA, terá a cerimônia de abertura, atrações artísticas e culturais e uma conferência magna com a participação de representantes dos movimentos sociais de luta LGBTI+.
Na sexta-feira (16), serão realizados também os Grupos de Trabalho, que conversarão sobre temas como educação, cultura, empregabilidade, cidadania, justiça, segurança pública, entre outros. Já no sábado (17), o evento será realizado no Complexo Cultural do Vadião, onde o público se reúne novamente para as considerações finais e a cerimônia de encerramento.
O Fórum é realizado pela Prefeitura de Belém, por meio da Coordenadoria da Diversidade Sexual, e tem o apoio de diversos movimentos Sociais. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas por meio de um formulário disponibilizado on-line ou no local do evento. O credenciamento será na sexta (16) pela manhã.
SERVIÇO
1º Fórum Belém LGBTI+
16 e 17 de junho, às 8h
Campus Guamá da UFPA (Auditório do ICJ e Vadião)
Inscrições gratuitas
Comentar