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PLANOS PARA 2025

Exclusivo: saiba o que vai mudar em Belém para a COP 30

De ônibus elétricos à Nova Doca: projetos vão transformar a capital paraense para sediar a Conferência do Clima da ONU.

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Imagem ilustrativa da notícia Exclusivo: saiba o que vai mudar em Belém para a COP 30 camera Parque da Cidade é o primeiro projeto em execução na capital paraense como parte do planejamento para a COP 30 | Divulgação

Esta sexta-feira (26) pode ser considerada um marco histórico para Belém e para o Estado do Pará: a capital foi confirmada como sede da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas em 2025.

Mesmo antes da confirmação oficial de que Belém seria escolhida como sede da COP 30, as articulações e planejamento para as intervenções que serão realizadas na capital paraense iniciaram semanas atrás.

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Vídeo: Lula e Helder anunciam Belém como sede da COP 30

Realização da COP 30 deve deixar legado para Belém

Em reuniões realizadas nas últimas semanas, que envolveram representantes da Prefeitura de Belém, do Governo do Pará e do Ministério das Cidades do Governo Federal, foram apresentadas diversas propostas de requalificação da capital paraense, com mudanças que vão impactar a vida e a rotina dos 1,5 milhão de habitantes da cidade.

Os projetos incluem a reurbanização de diversas áreas, requalificação de vias, mudanças no transporte público, construção e adaptação de novas áreas de convivência, lazer e turismo e profundas intervenções em pontos da cidade que deverão receber uma maior movimentação de turistas e integrantes do evento internacional, como a região da Avenida Visconde de Souza Franco.

Com exclusividade, confira a seguir os projetos idealizados para Belém receber a COP 30 em 2025:

"POLÍGONO COP 30"

Por se tratar de uma cidade com dimensões territoriais da ordem de 505 km² de área – sendo 34,6% do território formado pela região continental e 65,4% correspondendo ao conjunto de 39 ilhas – os projetos para a Conferência do Clima de 2025 foram todos alocados em um perímetro denominado "Polígono COP 30", que recorta a parte da cidade onde os participantes do evento vão circular com maior frequência.

A área está delimitada ao norte pela avenida Júlio César, a oeste pela avenida João Paulo II, ao sul pela rua dos Mundurucus e a leste pelo complexo do Ver-o-Peso e pela avenida Pedro Álvares Cabral.

Mesmo não inserido no "Polígono COP 30", o Campus da Universidade Federal do Pará no bairro do Guamá é considerado um ponto de importância como pólo de produção científica. Logo, soluções de transporte e interligação da Cidade Universitária com o "Polígono" são pensadas. Entre as propostas, está a criação de uma linha fluvial entre o Terminal Hidroviário de Belém e a UFPA.

PARQUE DA CIDADE E PORTO FUTURO

Escolhidos como dois pontos de referência para a COP 30, o Parque da Cidade e Porto Futuro serão áreas importantes para a realização do evento global como sedes da programação, que deverá ter como palco principal o Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia.

O anúncio da construção do Parque da Cidade foi feito na última sexta-feira (19) e as obras de expansão do Porto Futuro para a área da Companhia Docas do Pará (CDP) serão iniciadas em breve. Os dois projetos serão tocados pela mineradora Vale, que garantirá a celeridade e os recursos necessários para a construção e andamento das obras.

NOVA DOCA

A Avenida Visconde de Souza Franco receberá profundas transformações até 2025. A começar pelo canal instalado no meio da via. Ele será parcialmente coberto. O projeto prevê a reurbanização completa do trecho da avenida entre a rua Boaventura da Silva e a Marechal Hermes.

Sobre a área atual do canal, serão construídas áreas verdes de convivência e lazer com mobiliário urbano e estruturas ecológicas. A água do canal deverá ser tratada por meio da implantação de uma estação de tratamento de água e esgoto.

TROCA DO ASFALTO

Em vias de grande circulação dentro do Polígono COP 30, haverá a remoção do asfalto atual – por meio de fresagem – e substituição por uma nova camada modificada com a adição de polímeros, os quais deverão garantir mais durabilidade e resistência, além de mitigar em parte do uso do petróleo na composição.

Vias como a Pedro Álvares Cabral, Senador Lemos, Júlio César, Visconde de Souza Franco, Doutor Freitas, Duque de Caxias, Almirante Barroso, João Paulo II, Gentil Bittencourt, José Malcher, Nazaré, Conselheiro Furtado, Mundurucus, Magalhães Barata, Antônio Barreto, Alcindo Cacela e outras serão impactadas pela troca do pavimento.

FIAÇÃO ELÉTRICA E NOVOS POSTES

O projeto da COP 30 também prevê a retirada dos cabos da rede elétrica de algumas vias da cidade para a realocação em galerias subterrâneas, onde seja possível.

Desta forma, postes de concreto seriam retirados das calçadas e novos postes metálicos de iluminação pública com luzes de LED seriam instalados nestes locais. Estes postes teriam, ainda, placas fotovoltaicas para captação e uso da energia solar.

ENERGIA SOLAR

Falando em uso de energia solar, o projeto para a COP 30 prevê a criação de parques de produção de energia solar a partir da instalação de placas fotovoltaicas na cobertura do estacionamento do Hangar, na parte superior do Ginásio Mangueirinho, na cobertura do estacionamento do Porto Futuro (que será construída com a ampliação do local), telhados de mercados e feiras, entre outros pontos de Belém.

Outra estratégia para a exploração da energia solar é a instalação de árvores solares, que são estruturas que captam a luz do sol e a utilizam para transformar em energia e servem, ainda, como decoração e ponto turístico. Os locais escolhidos para a instalação de árvores solares são o Aeroporto Internacional de Belém, a Doca, elevado Daniel Berg, Parque do Utinga, Mangal das Garças, Estação das Docas, entre outros.

A instalação de uma esfera solar, que transforma raios solares em energia até durante a noite, também faz parte dos planos para a COP 30 em Belém.

DRENAGEM

O sistema de drenagem será readequado em grande parte da área do Polígono COP 30. Além de intervenções que deverão acabar de vez com o problema dos alagamentos, serão instalados bueiros inteligentes, que contarão com sensores volumétricos que vão emitir alertas para que equipes de limpeza e drenagem sejam acionadas e façam o desentupimento da galeria antes de transbordar.

SINALIZAÇÃO, ORIENTAÇÃO E TRÂNSITO

Placas de sinalização inteligente, placas turísticas bilíngues (em português e inglês), semáforos inteligentes e pórticos com sinalização dinâmica serão alguns dos recursos instalados em Belém nos próximos anos para melhorar e facilitar o ir e vir de participantes do evento internacional.

Por meio da gestão do tráfego de Belém em tempo real, serão adotadas “ondas verdes” nas avenidas com trânsito mais intenso para facilitar o escoamento e reduzir as emissões de gases pelos veículos.

TRANSPORTE PÚBLICO

A estrutura do BRT na Avenida Almirante Barroso será readequada. O motivo para a intervenção é a inexistência de espaço suficiente para ultrapassagens dos coletivos em parte das estações localizadas ao longo da via, entre o Entroncamento e São Brás.

Novos corredores de BRS serão implantados na Avenida Gentil Bittencourt e na rua dos Mundurucus, complementando o sistema já existente nas avenidas Conselheiro Furtado e José Malcher e na travessa Castelo Branco. A meta é diminuir o tempo de viagem dos ônibus no centro de Belém.

ÔNIBUS ELÉTRICOS E ESTÍMULOS A MODAIS ECOLÓGICOS

Durante a COP 30, entre 9 e 11 ônibus elétricos com ar condicionado entrarão em atividade na capital paraense para transportar participantes do evento aos locais onde a programação será realizada. Eles farão um trajeto similar a uma linha circular e a estimativa é de que o itinerário facilite o intervalo de 10 minutos entre cada coletivo.

Estações de aluguel de bicicletas e patinetes compartilhadas deverão ser implantadas em pontos estratégicos de Belém.

MAIS ÁREAS VERDES

Além da expansão das áreas verdes atuais, com o plantio de novas mudas de árvores adequadas para a área urbana, serão criados jardins de chuva/biovaletas e jardins verticais/paredes verdes em determinados pontos de Belém, como nos complexos viários, parede de elevados, entre outros. A poda adequada de árvores também será praticada na capital.

CRÉDITOS DE ENERGIA

Academias ao ar livre no modelo “Energy Gym” e pisos geradores de energia são previstos no projeto para a COP 30. Por meio da instalação destes equipamentos, as pessoas poderão praticar exercícios físicos, gerar energia por meio dos equipamentos e, com a energia que produzirem a partir do próprio esforço, poderão usá-la como crédito para a conta de luz, obtendo descontos na fatura mensal. O plano ainda está em fase de estudo de viabilidade.

CONSCIENTIZAÇÃO SOCIOAMBIENTAL E COLETA SELETIVA

As escolas do Pará terão a grade curricular adaptada para incluir temáticas socioambientais com estímulo à conscientização sobre a importância da reciclagem e como praticar a coleta seletiva, que também será implantada na cidade.

CANAIS SÃO JOAQUIM E DO GALO

Dois dos maiores canais a céu aberto de Belém, o São Joaquim e o Galo deverão sofrer intervenções. O projeto prevê a requalificação e reurbanização das margens e limpeza dos afluentes.

SEGURANÇA

Além do reforço no efetivo e na instalação de mais câmeras de videomonitoramento pela cidade, o Centro Integrado de Comando e Controle ficará responsável por garantir a segurança de todos os envolvidos no evento internacional a partir da integração entre os órgãos de segurança pública, tais como a Guarda Municipal de Belém, as polícias Civil e Militar, o Corpo de Bombeiros, Detran, Semob, entre outros.

Os projetos estão na fase inicial e ainda podem sofrer alterações. O planejamento também trabalha sobre a estimativa de custos, os quais devem vir de diversas fontes das esferas pública e privada.

O poder público trabalha com um cronograma apertado, visto que faltam pouco mais de dois anos para a realização da COP 30 prevista para o fim de 2025, então o começo das mudanças na capital paraense deve se dar ainda nas próximas semanas e a expectativa é de que deixe um legado significativo para a cidade.

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