Forças militares israelenses atingiram um campo de refugiados na cidade de Jenin, na Cisjordânia, nesta segunda-feira (3). O ataque foi feito por drones não tripulados e soldados em terra, matando ao menos oito pessoas. O confronto continuou pela parte da tarde entre as tropas israelenses e militares da Brigada de Jenin, uma unidade formada por grupos militantes baseados no lotado campo de refugiados da cidade.
"O que está acontecendo no campo de refugiados é uma guerra real", disse o motorista de ambulância palestino Khaled Alahmad.
"Houve ataques do céu visando o acampamento, toda vez que entramos, cerca de cinco a sete ambulâncias e voltamos cheios de feridos."
A ofensiva marca a maior ação militar israelense na Cisjordânia no último ano e teria sido uma "resposta" aos recentes ataques de militantes palestinos contra colonos judeus na região.
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O governo israelense alega que busca apenas alvos criminosos no local, conforme declaração do coronel Richard Herdt, de Tel Aviv. O campo de refugiados abriga ao menos 14 mil pessoas em uma área de menos de meio quilômetro quadrado.
Em resposta à fala do coronel, autoridades de Jenin, em comunicado oficial, alegaram que a violência é uma resposta "natural" aos 56 anos de ocupação desde que Israel ocupou a Cisjordânia na Guerra dos Seis Dias em 1967.
Os ataques
A ofensiva começou após o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, convocar seu gabinete de segurança para discutir a questão da Cisjordânia.
O primeiro ataque recente ocorreu há duas semanas, em um confronto de nove horas, causando a morte de sete palestinos através de helicópteros de combate pela primeira vez na história da região, e ataques de drones, que não ocorriam desde 2006. Os alvos eram três militantes da Brigada de Jenin que estavam em um carro.
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