A entregadora Viviane Maria de Souza Teixeira, de 38 anos, compareceu à 15ª DP (Gávea) nesta segunda-feira (24) para depor sobre as agressões que sofreu no último dia 9 de abril em São Conrado, zona sul do Rio de Janeiro.
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A agressora é Sandra Mathias Correia de Sá, nutricionista e ex-jogadora de vôlei de 53 anos. Além de esclarecer o ocorrido, Viviane também foi apresentada à Polícia Civil em relação a uma ordem de prisão de 2017, por tráfico de drogas.
A entregadora ficou detida e seria encaminhada ao sistema carcerário pela Polícia Civil. No entanto, até às 17h11 desta segunda-feira, ela não havia ingressado no sistema, segundo a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária.
Viviane, que mora na favela da Rocinha há sete anos e trabalha como entregadora de aplicativos há oito meses afirma que era apenas usuária e não traficava, e que adquiria maconha apenas para consumo próprio.
"Ela não esconde que era consumidora de maconha. De fato, ela passou por uma custódia em São Paulo, mas achou que estava tudo bem", disse a advogada Prisciany Sousa, que defende a entregadora.
Prisciany acompanhou-a até a delegacia e vai recorrer contra essa ordem de prisão. "Ela está chateada, porque foi pega de surpresa. É um mandado antigo, de 2017", completou.
Segundo a advogada, Viviane soube da ordem de prisão apenas na semana passada. "Eu sou inocente e estou aqui para falar para todos. Estou sendo acusada injustamente", declarou Viviane. "Eu estou aqui para fazer justiça contra a Sandra. Ela abalou meu psicológico, acabou com a minha vida. Eu não sou mais a mesma Viviane (de antes da agressão)", finalizou.
Carlos Henrique Souza, filho de Viviane, também esteve presente na delegacia para prestar atendimento à mãe. Ele ficou sabendo das agressões que a mãe sofreu através da televisão. "Fiquei muito chocado, isso me abalou muito, revelou ele.
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