O jogo foi equilibrado e duro na maior parte do tempo, mas nunca monótono. O escore de 2 a 1 expõe as dificuldades que o Remo teve em campo, ontem à noite, diante do São Luís-RS, pela Copa do Brasil. É verdade que, em determinados momentos, ficou a impressão de que a partida poderia ter sido melhor controlada pelos azulinos. Apesar disso, a classificação foi inteiramente merecida e garantiu ao Remo uma premiação acumulada de R$ 3.750.000,00.
A festa grandiosa que a torcida fez antes, durante e depois do jogo se justifica pela importância da bonificação e também pela confirmação da boa fase do Remo na temporada. Foi a oitava vitória em oito jogos (de três competições diferentes, um desempenho que há muito tempo a equipe não apresentava em início de temporada.
Remo supera São Luiz, avança de fase e fatura R$ 2.1 milhões
Depois de ter sido poupado no clássico com a Tuna, o time titular reapareceu e custou a entrar no clima da decisão. Os primeiros 15 minutos tiveram um ataque agudo do São Luís, com finalização do rápido Jarro. Enquanto isso, o Remo se dedicava a estudar o adversário, retardando em excesso qualquer pressão sobre a área gaúcha.
Somente por volta dos 20 minutos, com o avanço de Pablo Roberto e a exploração do lado esquerdo com Pedro Victor, o Remo entrou de fato em ação. Aí surgiram algumas boas tentativas. A primeira com Pedro Victor, disparando de fora da área.
Logo em seguida, Uchoa surgiu entre os zagueiros para mandar de cabeça no canto esquerdo. O goleiro Pablo defendeu espetacularmente. No minuto seguinte, a bola veio na cabeça de Fabinho, que desviou com muito perigo.
O problema era o excesso de toques nas proximidades da área, com muita parcimônia para limpar a jogada e definir o lance. Diego Tavares se atrapalhou duas vezes, Fabinho também. Apesar disso, a busca pelo gol animou a torcida, estimulando o time a seguir cercando o setor defensivo do São Luís, que errava muito sempre que sofria pressão.
Finalmente, em chegada pelo centro do ataque, o volante Richard Franco tentou levantar a bola e o zagueiro do São Luís meteu o braço para impedir a passagem. O pênalti foi marcado e o zagueiro Ícaro cobrou com tranquilidade, abrindo o placar.
A partir daí, o Remo passou a ser dominante, expondo as fragilidades do São Luís, expostas na falta de articulação de meio-campo e na ausência de força ofensiva. A única jogada era a bola esticada para Jarro, mas o Remo passou a vigiar bem essa estratégia e o perigo cessou. Renasceu, na forma de dois escanteios, no fim do primeiro tempo.
Na segunda etapa, o Remo se tranquilizou ainda mais, fazendo 2 a 0 após cruzamento de Diego Tavares que o zagueiro Moisés desviou bizarramente para as redes. A vantagem, àquela altura, parecia cômoda. Parecia.
Marcelo Cabo fez mudanças para dar mais velocidade, trocando Fabinho, Pedro Vítor e Richard Franco por Vinícius Canu, Leonan e Paulinho Curuá. Demorou, porém, a tirar Diego Tavares, que saiu a 20 minutos do fim para a entrada de Soares. Jean Silva, substituto de Pablo, também podia ter entrado antes.
Nos instantes finais, o time recuou excessivamente e aceitou a pressão desesperada de um time que só tinha uma jogada: os cruzamentos na área. Aos 44’, Jarro disputou espaço com Diego Guerra, caiu e o pênalti foi marcado. Negueba converteu e tornou os quatro minutos de acréscimo um teste de resistência emocional para o torcedor azulino.
A vitória se confirmou, mas o sofrimento final foi desnecessário e revelador da necessidade de mais ajustes na equipe de Marcelo Cabo.
Em jogo fraco, Papão fica no empate com Princesa
A partida chegou a ficar ameaçada com a queda de energia elétrica ocorrida antes do jogo e que, depois, paralisou a partida por 11 minutos. Com a bola rolando, muitos chutões, jogadas toscas e incompetência de parte a parte nas finalizações. O empate, porém, foi interessante para o PSC, que decide em casa a classificação às semifinais da Copa Verde.
Paysandu e Princesa não saem do zero em jogo sonolento
O Princesa foi o primeiro a tomar iniciativa. Criou uma chance com o atacante Max, aproveitando rebote de uma cobrança falta. Aos 20 minutos, Jonas bateu de fora da área para uma boa defesa de Tiago Coelho.
O time da casa ia ao ataque, rondava a área, mas não finalizava. O PSC só se impunha na frente com as arrancadas de Bruno Alves. A partir dos 30 minutos, Ricardinho e Mário Sérgio levaram perigo ao gol de Waldson, mas ficou faltando um lance mais contundente.
Na 2ª etapa, o Princesa tomou a iniciativa, mas sofria com o problema crônico dos erros de passe junto à área. Aos 20 minutos, Vicente deu o ar da graça e quase balançou as redes. Mandou uma bola na trave do Princesa. Caio Melo respondeu logo depois, dando um susto em Tiago Coelho.
Além da correria dos dois times, nada mais aconteceu nas duas áreas nos minutos finais, mas ainda houve tempo para o zagueiro Henríquez Bocanegra ser expulso aos 45’, após cometer uma falta.
No fim das contas, o 0 a 0 foi um placar justo e é uma nota para o péssimo futebol apresentado pelas duas equipes.
Combate à importunação sexual nos jogos do Parazão
Com o slogan “Importunação sexual é crime. Não faça parte desse time”, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), em parceria com as Polícias Civil e Militar e a Guarda Municipal, lança hoje a campanha de combate ao crime de importunação sexual nos estádios de Belém ao longo do Campeonato Paraense de 2023.
O lançamento será em frente ao estádio Evandro Almeida (Baenão), às 8h30, e a campanha será estendida até o final do campeonato. A iniciativa vai garantir em todos os jogos ações preventivas aos crimes de importunação sexual contra a mulher e o público LGBTQIA+.
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