O Palmeiras empatou por 0 a 0 com o Atlético-MG nesta quarta-feira (9) e, diante da vantagem construída no jogo de ida, avançou às quartas de final da Libertadores. Os mineiros, por outro lado, se despedem da competição.
O Palmeiras vai encarar os colombianos do Deportivo Pereira na na próxima fase, que acontece nas duas últimas semanas de agosto. A Conmebol ainda vai definir as datas exatas e os horários dos confrontos.
COMO FOI O JOGO
O agitado 1° tempo teve o Palmeiras superior. Os mandantes agrediram bastante a defesa adversária, mas pecaram na finalização e não conseguiram abrir o placar. O Atlético-MG, por sua vez, chegou poucas vezes ao gol de Weverton e deu apenas dois chutes à meta adversária.
Na etapa final, os comandados de Abel até levaram um susto com Paulinho, mas conseguiram neutralizar os mineiros, diminuíram o ritmo e seguraram o placar sem gols -com destaque para as inspiradas atuações do zagueiro Gustavo Gómez e do volante Zé Rafael.
LANCES DE DESTAQUE
Susto com bandeirinha. O apito inicial atrasou em sete minutos pelo fato de Juan Belatti, um dos bandeirinhas da partida, ter passado mal pouco depois de os times entrarem em campo. O argentino precisou receber atendimento médico e acabou substituído pelo conterrâneo Pablo Echavarria, que atuaria como 4° árbitro.
Hulk de um lado, Veiga de outro. O primeiro chute da partida saiu dos pés de Hulk, que arriscou de longe e errou, por muito, o alvo defendido por Weverton. Pouco depois, Raphael Veiga respondeu em cobrança de falta, mas acertou a barreira adversária.
Gómez, Artur e Dudu ficam no quase. O Palmeiras levantou o Allianz Parque, de fato, aos 16 minutos, quando Gustavo Gómez subiu mais do que a zaga adversária em cruzamento da esquerda e obrigou Everson a fazer linda defesa. No rebote, a bola sobrou para Artur, que limpou dois marcadores e bateu para fora. Pouco tempo depois, foi a vez de Dudu finalizar — e também parar no goleiro atleticano.
Criação rápida e erro de Artur. Explorando a velocidade de seus atacantes, os donos da casa chegaram com perigo à meta rival em contra-ataque aos 35 minutos, quando Dudu recebeu de Rony e achou lindo passe para Artur. Com liberdade, o ponta cortou para a perna esquerda, mas não caprichou na hora do chute. Foi neste lance, aliás, que Igor Rabello sentiu problemas musculares e deu lugar a Maurício Lemos.
Felipão muda esquema do Atlético. Precisando do resultado, os visitantes voltaram para a etapa final com um novo sistema tático: Igor Gomes e Patrick substituíram Pavón e Hyoran e passaram a preencher o meio de campo mineiro, liberando Paulinho para formar dupla com Hulk no ataque.
Zé Rafael desfila e abastece atacantes. O camisa 8 palmeirense, que já havia dominado a zona central do campo na etapa inicial, seguiu se destacando tanto na defesa quanto no ataque. Aos dez minutos, por exemplo, ele tirou dois adversários de uma vez da jogada e acionou Rony, que não encontrou Raphael Veiga em cruzamento da direita.
Bola na mão ou mão na bola? O embate ganhou contornos de tensão quando Paulinho apareceu e despertou, pela primeira vez na noite, a ira com a arbitragem. O ponta arrancou pela direita, cruzou para a área e viu Mayke afastar para o meio da área: a bola bateu no braço de Gabriel Menino antes de sobrar para a zaga palmeirense. Fernando Rapallini mandou o jogo seguir e, após ouvir o VAR, manteve sua decisão, revoltando os jogadores visitantes.
Galo faz tudo certo... até o chute. Os mineiros ficaram por centímetros do gol aos 30 minutos. Edenílson, que havia acabado de entrar no lugar de Battaglia, deu um passe magistral para Paulinho, que se infiltrou no meio da zaga e driblou Weverton. Na hora da finalização, no entanto, o atacante acertou a rede pelo lado de fora e aliviou os torcedores no Allianz Parque.
Piquerez responde. O Palmeiras não deixou o rival ensaiar uma pressão e reagiu rápido: Piquerez, de falta, caprichou e carimbou o travessão de Everson, que ficou com a bola com tranquilidade na sobra — o lance reacendeu o estádio paulista.
Esboço de pressão. O Atlético-MG se lançou ao ataque nos minutos finais, mas parou na inspirada dupla Gustavo Gómez-Murilo, que cresceu e blindou Weverton do pior até o apito final: 0 a 0.
Estádio: Allianz Parque, em São Paulo (SP)
Árbitro: Fernando Rapallini (ARG)
Assistentes: Facundo Rodriguez (ARG) e Pablo Echavarria (ARG)
VAR: Jorge Baliño (ARG)
Cartões amarelos: Gabriel Menino, Rony, Gustavo Gómez, Murilo (PAL); Saravia (ATM)
PALMEIRAS
Weverton; Mayke, Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez; Zé Rafael (Richard Ríos), Gabriel Menino e Raphael Veiga (Fabinho); Artur, Dudu (Jhon Jhon) e Rony. T.: Abel Ferreira
ATLÉTICO-MG
Everson, Saravia (Pedrinho), Jemerson, Igor Rabello (Maurício Lemos) e Guilherme Arana; Battaglia (Edenílson), Otávio, Hyoran (Patrick), Paulinho, Pavón (Igor Gomes) e Hulk. T.: Felipão
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