Arqueólogos anunciaram uma recente descoberta sobre evidências de rituais de bruxaria feitos há 1.700 anos na Caverna Teomim, nas colinas de Jerusalém, em Israel. Nessa "caverna das bruxas", os pesquisadores se depararam com lamparinas de cerâmica, crânios humanos, moedas, tigelas e armas.
A descoberta é tema de um estudo publicado na revista acadêmica Harvard Theological Review e assinado por Eitan Klein, da Autoridade de Antiguidades de Israel, Boaz Zissu, da Universidade Bar-Ilan, e Amos Frumkin da Universidade Hebraica de Jerusalém.
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Segundo os arqueólogos, cavernas escuras eram consideradas entradas para o submundo durante os períodos grego e romano. Nesses locais, rituais necromânticos eram feitos com a participação de médiuns para se comunicar com os espíritos dos mortos e prever o futuro usando crânios humanos. Nesses rituais também eram usadas armas de metal para repelir espíritos indesejados e convocar apenas o espírito do falecido específico.
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Durante as escavações, mais de 120 lamparinas foram achadas escondidas em fendas de difícil acesso em várias partes da caverna, bem como um conjunto de moedas do mesmo período. Vasos de cerâmica, lâmpadas de óleo, um machado e armas de bronze também foram encontrados nessas fendas. Além disso, três crânios humanos foram achados sob grandes rochas.
A descoberta indica que os crânios e as lamparinas encontrados no local foram intencionalmente colocados junto como parte da mesma cerimônia funerária e serviam a um mesmo propósito. "Esta é uma evidência rara dos misteriosos costumes populares que eram prevalentes aqui nos tempos antigos", disseram os autores do estudo.
Os pesquisadores acreditam que a região onde fica a caverna era habitada principalmente por pagãos após o fracasso da revolta de Bar Kokhba contra os romanos.
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