
Se você já passou por alguma rua e se deparou com garrafas de água posicionadas diante de portas, muros e fachadas, saiba que não se trata de um hábito estético nem de um método para umidificar o ambiente. A prática, bastante comum, principalmente na Itália, tem um objetivo curioso: afastar cães e gatos, especialmente os que costumam urinar em espaços públicos.
A crença popular é que o reflexo da luz solar na água dentro das garrafas cria um efeito visual que desorienta ou assusta os animais, levando-os a evitar o local. A tática visa, principalmente, inibir machos que marcam território com urina, comportamento comum tanto em cães quanto em gatos.
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O forte cheiro da urina, potencializado pelo calor, pode tornar-se um problema de higiene pública, especialmente em áreas urbanas e centros históricos. Nesse contexto, as garrafas surgem como uma solução caseira, econômica e fácil de implementar, ganhando popularidade entre moradores que buscam preservar a limpeza de fachadas e calçadas.
Apesar da prática ser amplamente disseminada, não existem estudos científicos que comprovem sua eficácia. A estratégia se mantém mais pela tradição e pela percepção de que “vale tentar” do que por evidência concreta de resultados.
Efeito psicológico e vigilância social
Especialistas em comportamento apontam ainda que o efeito das garrafas pode não estar apenas nos reflexos que produzem, mas também no impacto visual e psicológico. A presença das garrafas pode sugerir uma forma simbólica de vigilância — tanto para os próprios donos de animais quanto para os transeuntes. A simples visão do objeto pode influenciar comportamentos, mesmo que de forma inconsciente.
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Enquanto permanece sem respaldo científico, a prática continua como um exemplo típico de solução popular e cultural, que persiste ao longo dos anos mais pela tradição e aceitação social do que por comprovação de eficácia.
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