A novidade do momento em tecnologia e redes sociais é o lançamento do Threads, feito essa semana pela Meta, empresa dona do Instagram, do Facebook e do WhatsApp, que pode desbancar o rival Twitter. Entre os usuários no Pará, a nova rede social já está dando o que falar no que diz respeito às possibilidades de “tretas” que podem ser desencadeadas com a nova plataforma.
O Threads é um aplicativo de texto baseado na conversação, cuja descrição se encaixa com o que se propõe o Twitter. Diante disso, o lançamento é amplamente visto como uma alternativa à rede social de Elon Musk. Assim como o Twitter, o aplicativo, vinculado ao Instagram, permitirá que os usuários escrevam, curtam e compartilhem atualizações de textos em tempo real entre seguidores, permitindo o engajamento mútuo. Até mesmo o nome do aplicativo é o que nomeia uma das funções do concorrente, onde ‘threads’ significa uma forma de estruturar em sequência o texto a ser publicado - o Twitter já notificou a Meta de forma extrajudicial com alegações de quebra de segredos comerciais no desenvolvimento do Threads, incluindo uma ameaça de processo civil, com medida cautelar. O mais recente serviço da Meta conta com escala, poder de fogo financeiro e base de usuários pré-existentes das outras três redes sociais - Facebook, Instagram e Twitter.
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Algumas críticas ameaçam o posto do Twitter, que substituiu seu sistema de verificação de selo azul por uma oferta de assinatura paga, além de ter demitido mais da metade da força de trabalho da empresa. Recentemente, a rede implementou um limite controverso de visualização de postagens por usuário.
Por aqui, ainda é tímido o engajamento na nova moda digital. Tem gente que alega falta de conhecimento sobre a nova rede. Outros dizem que estão apenas se habituando ao novo. Para a influenciadora digital Wállery Risuenho, 24, que é estudante de estatística da UFPA, além de modelo e miss, o ideal agora é conhecer melhor a plataforma para saber direcionar seu conteúdo de forma mais assertiva. “Ainda não criei meu perfil no Threads. Primeiro vou ler sobre a rede e depois vou entrar nela de forma bem-sucedida, que é reutilizando conteúdo da minha rede principal ou da minha primeira rede social para obter êxito, porque muitas vezes as redes aparecem e as pessoas não sabem o que fazer com elas”, dispara a criadora de conteúdo, que é natural de Bragança e tem 13,7 mil seguidores no Instagram.
BUSCANDO ENGAJAMENTO
A modelo conta que já tem experiência com outras redes sociais e isso a faz avaliar com um olhar mais atento novas plataformas. “No Kwai, por exemplo, é onde tenho mais de 200 mil seguidores, só que não é uma rede social que me traz retorno. O que eu compartilhei lá foi conteúdo do Instagram e do Tik Tok. Neste que tem vídeos com mais de dois milhões de visualizações. Mas pelo fato de não ter continuado em um nicho, acabei perdendo um pouco do engajamento que tinha por lá. Por essa experiência, procuro avaliar quando lançam uma nova rede social, primeiro para saber se vai ser tendência e o que pode ser relevante e de interesse para o meu público”, analisa Wállery Risuenho.
No Instagram, são 78,5 mil seguidores que admiram o trabalho do humorista Epaminondas. Ele diz que prefere o humor do público do Tik Tok e do Instagram, nos quais ele se habituou a assistir vídeos de comédia. Por isso prefere esperar antes de aderir ao Threads. “Como ela é nova, ainda não baixei o aplicativo. Mas pelo que observei, se ela não tem ‘tuiteiro’, acredito que é um avanço, porque penso que no Twitter as pessoas reclamam de tudo, ou sabem de tudo, ou têm opinião para tudo. Até me afastei de lá porque vejo que tem muita briga, as pessoas são chatas. Percebo que no Threads as pessoas são mais tranquilas. Eu gosto de rede social para vender meu trabalho e ver bobagem. Para mim, o mundo deveria ser igual ao Tik Tok, onde todo mundo é feliz, onde tem vídeos de pets e os comentários são positivos”, alfineta ele, que é a voz por trás dos microfones do podcast “Pod Dalhe”, ao lado do também humorista João Pedro (@joaotherocha). A dupla também faz shows de comédia com Natto Almeida.
DOL JÁ ESTÁ NO THREADS
A social mídia do DOL, Bianca Botelho, conta que a primeira impressão que a equipe teve da nova plataforma de conteúdo é que o usuário deve mostrar sua própria identidade. Então, é o que pretendem fazer, compartilhando conteúdos interessantes e sérios, próprios das matérias jornalísticas, sem deixar de lado o perfil do DOL e o toque de leveza com o entretenimento sugerido pelo portal.
“A gente quer fazer mais interações com o Threads, mas sempre intercalando com matérias porque o DOL é entretenimento, mas tem também conteúdos sérios, interessantes e autorais. É uma ação estratégica diferente do que fazemos com o Twitter, que é onde compartilhamos mais matérias e conteúdo de caráter mais sereno”, diz ela.
Para quem atua com produção de conteúdo para as redes sociais, Bianca indica que é importante perceber a diferença de interações em cada plataforma. “Nosso público do Instagram é totalmente diferente do Twitter e do Facebook, por exemplo. Mas percebemos que há uma interação maior com o público do Threads do que com o do Twitter. A gente espera que consiga crescer de forma orgânica na nova plataforma, onde já temos 13 mil seguidores, 24 horas depois de ter sido lançado”, disse a social mídia na manhã da última sexta-feira, 7, quando essa reportagem foi concluída.
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