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Mounjaro: tire suas dúvidas sobre quem precisa usar e cuidados

Mounjaro é um medicamento para diabéticos e obesos. Uso sem prescrição pode causar riscos à saúde.

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Imagem ilustrativa da notícia Mounjaro: tire suas dúvidas sobre quem precisa usar e cuidados camera Especialista alerta que o remédio deve ser administrado apenas com prescrição de um profissional. | Divulgação

Nas últimas semanas, um medicamento chamado “Mounjaro” ganhou destaque nas redes sociais e nas farmácias do Brasil. Comercializado prometendo o emagrecimento rápido, o remédio é indicado no tratamento de pacientes diabéticos e obesos, reduzindo a produção de glicose pelo fígado. Com a popularidade, o produto passou a ser utilizado amplamente na perda significativa de peso sem orientação médica. Um especialista alerta que o remédio deve ser administrado apenas com prescrição de um profissional.

De acordo com o endocrinologista Rubens Tofolo, especialista em metabolismo e tratamento da obesidade, o Mounjaro foi desenhado para pacientes diabéticos, auxiliando no controle da glicose. Porém, foi observado que um dos efeitos era a perda significativa de peso. Sendo assim, o remédio começou a ser indicado para pessoas em acompanhamento da diabetes tipo 2 e pacientes com obesidade.

“Ele é a junção de dois hormônios, um chamado de GLP-1 e o outro de GIP. São hormônios que dão saciedade, diminui a Taxa Metabólica Basal, diminuindo o envio de informação para o cérebro das pessoas que tem problema com peso”, explica o médico.

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Por isso, a indicação para o uso do remédio é clara: paciente diabético tipo 2, pacientes obesos ou pacientes que convivem com as duas condições simultaneamente. Sendo assim, o medicamento não é indicado para pessoas que desejam perder poucos quilos, situação possível apenas com uma mudança de estilo de vida, que inclui uma alimentação saudável e a prática de exercícios físicos.

“O medicamento tem efeito de uma cirurgia bariátrica. A perda de peso através dessa medicação pode ser de cerca de 25%. Por exemplo, um paciente que tem 100 quilos consegue perder 25 quilos. Então, é uma medicação para pacientes que precisam perder uma grande quantidade de peso. A verdade é que está tendo uma espécie de modismo. Pessoas que querem perder poucos quilos para uma ocasião específica, como um casamento, e que estão tomando sem prescrição médica correm o risco de presenciarem efeitos colaterais indesejados”, alertou Tofolo.

Segundo o endocrinologista, a automedicação pode causar consequências sérias à saúde. “A pessoa pode ter uma hipoglicemia grave, uma pancreatite, pode desenvolver problemas gastrointestinais graves, independente se for uma ou mais de uma dose. A gente ainda não sabe o motivo, mas o remédio tem um mecanismo que diminui a eficácia da pílula anticoncepcional. A pessoa pode estar tomando o anticoncepcional, tomar o Mounjaro e engravidar. Nesses casos, recomendamos que as pessoas que precisam tomar os dois medicamentos adicionem um segundo método contraceptivo, por exemplo, um preservativo”, pontuou o especialista.

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CUIDADOS

  • Conforme o médico, é sempre necessário buscar orientação de um especialista em casos de administração medicamentosa para perda de peso. Com a chegada da medicação nas farmácias, o acesso ao medicamento foi ampliado ao público em geral, zerando os estoques em cerca de cinco dias. Sem orientações sobre o uso correto do remédio, os consumidores podem estar pagando caro e “perdendo” o efeito do medicamento.
  • “Essa medicação é termolábil, precisa ficar refrigerada. Tem pessoas que estão comprando de terceiros que traziam dentro da bolsa, por exemplo, sem a condicionar da maneira correta e a medicação perde o efeito. A medicação precisa ficar dentro da geladeira, no compartimento acima da gaveta dos legumes. Até na porta não é recomendado pela troca constante de temperatura, podendo perder a eficácia”, orienta Dr. Rubens.
  • “O mais importante a se dizer é que o Mounjaro é uma medicação cara, muito eficiente que veio como medida para revolucionar o tratamento da obesidade. Atualmente, são um bilhão de pessoas obesas no mundo. Mas estamos preocupados porque a obesidade tem cada vez mais se tornado a doença das pessoas mais pobres. Mas as pessoas que necessitam não conseguem ter acesso ao medicamento por conta da condição financeira”, concluiu.

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