A política de assistência social desempenha um papel crucial na proteção e na garantia de direitos da população LGBT+. Por meio do desenvolvimento de serviços, programas, projetos e benefícios, busca-se não apenas superar situações de risco, vulnerabilidade e violação de direitos, mas também promover a equidade e o fim da LGBT+fobia
Apesar dos avanços conquistados nos últimos anos, ainda persistem muitos “costumes” do conservadorismo na sociedade, resultando na estigmatização, opressão e marginalização da comunidade. É fundamental reconhecer que a evolução ocorrida até aqui foi fruto de inúmeras lutas, porém, há a necessidade de aprofundar os debates e reafirmar as identidades de gênero e as diversidades sexuais para que esses direitos não sejam perdidos e as melhorias continuem acontecendo diariamente.
+ LGBTs+ usam mais apps de relacionamento que heterossexuais
+ ONG Olivia: o acolhimento e os direitos LGBT+
Um dos principais desafios enfrentados pela política de assistência social em relação ao público LGBT+ é o fato de que, na maioria dos casos, essa população só recorre aos serviços quando seus direitos já foram violados. A falta de acesso à assistência preventiva é um déficit significativo a ser superado.
Diversos fatores contribuem para essa falta de acesso. Muitas pessoas LGBT+ desconhecem os serviços prestados pela assistência social ou temem enfrentar preconceitos ainda presentes na sociedade.
Para avançar, é necessário que os cursos de Serviço Social e outras formações afins atualizem seus currículos, a fim de atender às demandas específicas do público LGBT+. Além disso, os profissionais que atuam no Sistema Único de Assistência Social (SUAS) devem buscar constantemente formações complementares, visando proporcionar um atendimento adequado a todos os usuários.
Outro aspecto fundamental é a criação de equipamentos especializados voltados ao atendimento das violações de direitos dessa população. Apesar de o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) desempenharem papéis importantes, nem sempre conseguem atender de forma específica às demandas da população LGBT+.
Portanto, é necessário fortalecer a rede de atendimento, garantindo que haja locais e profissionais preparados para acolher e oferecer suporte adequado às pessoas LGBTQIA+ que buscam a assistência social. A implementação de políticas públicas efetivas e inclusivas é essencial para promover a equidade e a igualdade de direitos para essa população.
Comentar