Os presidentes na Câmara do PT, PV, MDB, PSD, Psol, PSB, PDT, PC do B e Rede, junto com os presidentes do fórum de partidos progressistas estão levando à cúpula do Senado Federal um pedido formal de abertura de “procedimento apuratório” sobre a conduta de Roberto Campos Neto à frente do Banco Central (BC).
Eles reuniram-se com Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na tarde da última quarta-feira (5), para responsabilizar Campos Neto por um suposto descumprimento da lei que estabelece a autonomia do BC.
O documento foi articulado por Gleisi Hoffmann (PR), pela presidente do PT e leva a assinatura de presidentes de outras cinco legendas: Carlos Siqueira (PSB), José Luiz Penna (PV), Luciana Santos (PCdoB), Heloísa Helena (Rede) e Juliano Medeiros (Psol). Também assinam a petição os líderes do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL), e do PDT, André Figueiredo (CE), além de outros parlamentares.
No documento foi mencionado o artigo 1º da Lei Complementar 179 de 2021, que coloca, entre os objetivos do BC autônomo, “suavizar as flutuações do nível de atividade econômica e fomentar o pleno emprego”.
Foi pedido no documento que o Senado apure “a possível motivação viciada e vício de finalidade, desconectada de acontecimentos fáticos precedentes que levaram o Banco Central do Brasil a manter a taxa de juros em 13,75%, requisitando-se explicações técnicas, provisões concretas e demonstrações acerca da legalidade, motivação, impessoalidade e eficiência da política adotada”.
De acordo com informações da CNN, a articulação foi encabeçada por Gleisi Hoffmann e busca a abertura de um processo que poderia redundar na perda de mandato de Campos Neto, que vai até o fim de 2024.
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