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DE PERTINHO

Vila da Barca vive expectativa pelo Círio Fluvial deste ano

Com vista privilegiada para a Baía do Guajará, os moradores e trabalhadores do local se envolvem nos preparativos e nas homenagens à Nossa Senhora de Nazaré, ali na beira do rio

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Imagem ilustrativa da notícia Vila da Barca vive expectativa pelo Círio Fluvial deste ano camera Círio Fluvial é considerado uma das procissões mais bonitas da festa de Nazaré | (Mauro Ângelo / Diário do Pará

Situada às margens da Baía do Guajará, a Vila da Barca, localizada no bairro Telégrafo, em Belém, tem vista privilegiada para o rio, o que garante uma boa visão para o Círio Fluvial, romaria aquática que reúne centenas de embarcações homenageando a imagem de Nossa Senhora de Nazaré no sábado que antecede o Círio. Na Vila da Barca moram cerca de 5 mil pessoas, entre casas de alvenaria e palafitas.

A celebração fluvial é vista por muitos moradores do local, que observam, emocionados e atentos, a passagem das embarcações e a reverência à Santa. Marcada pela diversidade cultural, a Vila da Barca também é destacada pela fé e devoção à Padroeira dos Paraenses, com realização de missa campal na beira da Baía do Guajará, na manhã do Círio Fluvial. A população na área já está na expectativa para o grande momento de religiosidade.

Desde que nasceu há 45 anos, a autônoma Nilde Lobato mora na comunidade. Ela explica que neste mês de setembro já começam as preparações para a missa e a queima de fogos para homenagear a Virgem de Nazaré durante o Círio Fluvial em outubro. “A cada ano que passa, mais gente participa para prestigiar nossa celebração. É muito emocionante ver o envolvimento das pessoas da Vila da Barca neste ato”, comenta.

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Lobato ressalta que a festa envolve toda a comunidade, com muitos moradores se mobilizando para ajudar na importante data festiva. “Pra gente é o nosso Natal”, diz, emocionada, a devota. A homenagem à Santa é realizada em uma balsa localizada na margem da Baía que desemboca na Vila da Barca. São três grupos fogueteiros responsáveis pela queima de fogos que dura entre 10 a 15 minutos no local.

Conforme a autônoma, a devoção iniciou cedo por meio da família, quando ainda era criança. “Eu acompanhava minha mãe na igreja e nas peregrinações. A Virgem é exemplo de mulher e de amor de mãe. Maria carregou Jesus para abençoar nossas famílias”, afirma. Nilde Lobato teve a gravidez dos filhos Evelly, 16, e Everton, 6, de risco, ambos nascendo prematuros. Ela recorreu à Santa pela saúde deles. “Eu pedi intercessão da Virgem para que nada acontecesse com meus filhos durante a minha gestação e Ela me ouviu”

O empresário Nonato Matias, 57, não mora no local, mas trabalha há anos por lá e ajudou na primeira edição da homenagem da Vila da Barca quando o Círio Fluvial nasceu em 1986. Desde então, o devoto nunca mais parou de se envolver com os preparativos da festa para homenagear a Santa na comunidade. “Quando Nossa Senhora passa perto de nós pelas águas eu me sinto bem, com o coração cheio de amor. Fica uma sensação de dever cumprido.”

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Matias sempre esteve envolvido no meio católico e considera o engajamento dos moradores na Vila da Barca algo muito simbólico que representa não apenas a devoção do povo à Virgem de Nazaré, mas também o poder da fé que emana das pessoas. O empresário salienta que cerca de 200 pessoas participam desde a organização da missa até a montagem da queima de fogos que homenageiam a Santa.

A participação, ano após ano, com a celebração junto aos moradores ganhou mais força no ano de 2020 na vida do empresário. Naquele ano de pandemia, em abril, Matias teve 96% do pulmão comprometido por conta da Covid-19. Foi aí que ele se apegou mais ainda à Virgem pedindo intercessão pela saúde. “Fiquei cinco dias sem levantar e 10 dias internado no Hospital de Campanha montado no Hangar. Foi uma situação desesperadora que Ela me ajudou a sair”, explica sobre a cura contra a doença.

Tradicionalmente, após a realização da missa e passagem da Virgem pelas águas em frente à Vila da Barca, um bolo de dois metros de comprimento é distribuído aos devotos presentes, como forma de festejar o sublime momento de amor e partilha da fé na beira da Baía do Guajará. “É um marco porque mesmo sendo uma comunidade carente e com problemas, temos muita fé que une o povo”, finaliza Nilde Lobato.

“É um marco porque mesmo sendo uma comunidade carente e com problemas, temos muita fé que une o povo”, finaliza Nilde Lobato.
📷 “É um marco porque mesmo sendo uma comunidade carente e com problemas, temos muita fé que une o povo”, finaliza Nilde Lobato. |( Wagner Almeida / Diário do Pará)

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