Deputados denunciam ao TCE atraso em hospital de Ananindeua

O caos que a saúde de Ananideua tem vivido nos últimos anos tem gerado uma série de problemas, como o fechamento de hospitais, denúncias de desvios de verbas do SUS, superlotação de unidades de saúde em municípios vizinhos e falta de atendimento. A situação tem gerado preocuação entre autoridades, que tomam iniciativas para tentar reveter o quadro no local.

Uma comissão de deputados estaduais protocolou nesta quarta-feira (16), na Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e no Tribunal de Contas do Estado (TCE), um pedido de tomada de contas para saber de que forma foram executados os recursos de R$ 15 milhões repassados pelo Governo do Pará à prefeitura de Ananindeua em convênio para a construção do primeiro hospital materno-infantil da cidade, cuja ordem de serviço para a construção foi assinada em 2020. Entretanto, o cronograma de execução ainda não alcançou os 65% e o contrato já sofreu seis aditivos.

A informação foi publicada nesta tarde pelo Diário do Pará. Confira o conteúdo completo.

Os deputados Fabio Figueiras (PSB), Erick Monteiro (PSDB) e Eliel Faustino (União Brasil) foram recebidos pelo presidente do TCE, conselheiro Fernando Ribeiro. “Eu ainda era vereador daquele município quando as obras iniciaram, hoje sou deputado estadual e a verdade é que o hospital não saiu do papel, e por isso estamos cobrando providências, porque toda a RMB precisa desse equipamento”, afirmou o deputado Erick Monteiro.

Figueiras relata ainda que o prefeito Daniel Santos (PSB), ao saber da movimentação dos deputados, tratou de publicizar uma visita técnica realizada no dia 15 às obras do que seria a primeira maternidade pública do município. Segundo relatório da Sespa, entretanto, a obra ainda não chegou a 64% de conclusão, sofrendo seis termos aditivos.

O deputado Faustino ainda ressaltou que "O Estado liberou a não tem hospital até agora. Lembrando que a saúde de Ananindeua vive um momento de caos, e sem esse hospital pediátrico, piora tudo, são muitas demandas”.

Segundo o presidente do TCE, “Providências serão tomadas tão logo a Sespa inicie a averiguação e se manifeste junto ao TCE, no prazo devido, tanto na prestação de contas global da gestão como na de convênios realizados, já que é a Secretaria concedente dos recursos da obra em questão”, finalizou o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE).