
No último domingo (26), a Comissão da Defesa Civil de Belém (Comdec) realizou a remoção de uma colmeia no quintal de uma residência, localizada no bairro do Marco. A ação foi realizada de forma segura e contou com a participação de apicultores e uma equipe do Corpo de Bombeiros.
Uma visita técnica foi feita no local, momento em que foram avaliados fatores como a localização da colmeia, os acessos disponíveis, o entorno e possíveis riscos. Durante o procedimento, não foi necessário acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
“Não lidamos apenas com abelhas. Lidamos com a segurança da população, com logística e com a garantia de proteção para todos, inclusive para os insetos", explicou o presidente da Defesa Civil, Claudionor Corrêa, enfatizando que “cada situação é única e exige atenção aos detalhes”.
VEJA TAMBÉM
- Pará: mudanças de gênero nos cartórios sobe 180% em 2024
- Vacina: você tem 3 dias para se proteger da gripe
- Sofre com Síndrome de Rebecca? Veja os sinais e como tratar
Samuel Alves, técnico florestal e agropecuário e apicultor responsável pela remoção, destacou a importância da escolha do horário para o sucesso da operação.
“Realizamos o trabalho às 18h, quando todas as abelhas estão recolhidas na colmeia. Isso facilita a retirada e elimina o risco de deixar abelhas para trás, garantindo a segurança dos moradores e das próprias abelhas”, explicou.
O transporte das abelhas foi realizado em caixas específicas. A colmeia foi realocada para um apiário seguro.
“Removemos a colmeia parte por parte até localizar a rainha, que é colocada dentro da caixa. As abelhas só entram na caixa se a rainha estiver lá. É um trabalho perigoso, que exige preparo”, completou o apicultor.
Defesa Civil orienta população sobre cuidados com abelhas
Protocolo garante operações eficientes
Embora não exista uma legislação específica em nível municipal, estadual ou federal que defina responsabilidades sobre esse tipo de operação, a Defesa Civil de Belém segue um protocolo que tem garantido a eficiência das remoções. Segundo Claudionor Corrêa, o objetivo é que esses procedimentos sirvam como base para futuras regulamentações.
“Já enfrentamos situações como colmeias em árvores altas, que exigiam equipamentos de proteção individual (EPIs) específicos, como cintos de segurança. E também em áreas próximas a redes elétricas. Também houve casos que demandaram o uso de maquinário, como o carro Sky, com um braço mecânico que facilita o acesso. Cada situação é um desafio único”, disse Claudionor Corrêa.
“O nosso foco é formalizar e padronizar essas ações, fortalecendo a parceria entre a Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Semma (Secretaria Municipal de Meio Ambiente), Sesma (Secretaria Municipal de Saúde) e outros órgãos. Isso garante uma resposta cada vez mais eficiente para a população, sem comprometer a preservação ambiental”, explicou o presidente.
Como a população deve proceder
A Defesa Civil orienta os moradores a não tentar remover ou manusear colmeias ou enxames por conta própria, por conta do risco de acidentes ou ataques. Ao identificar colmeias ou enxames em áreas urbanas, o morador deve acionar o Centro Integrado de Operações (Ciop), pelo número 190; o Corpo de Bombeiros, pelo 193; e, em caso de ataques, o Samu, que atende no 192.
Veja o vídeo da remoção da colmeia no bairro do Marco:
- A remoção da colmeia inicia-se com o uso de fumigadores, utilizados para acalmar as abelhas e facilitar sua manipulação. Em seguida, os favos são cuidadosamente retirados e organizados em caixas de transporte, mantendo a mesma estrutura original da colmeia. Posteriormente, essa estrutura será remontada, respeitando a disposição inicial.
- A remoção dos favos tem como objetivo principal localizar a abelha rainha. Assim que o favo onde a rainha se encontra é identificado, ele é colocado dentro da caixa de transporte. Dessa forma, as abelhas operárias seguem a rainha e entram no mesmo recipiente.
- Após a remoção, as abelhas são levadas para apiários, onde poderão continuar seu ciclo de vida em segurança.
Comentar