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Desabamento de sacadas do Cristo Rei completa uma semana

As investigações sobre os motivos que levaram ao desabamento das 13 sacadas do edifício Cristo Rei, em Belém, seguem a todo vapor, mas uma das peças fundamentais deste "quebra-cabeça" ainda não está em posse da Polícia Civil: a planta original da construção.

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Imagem ilustrativa da notícia Desabamento de sacadas do Cristo Rei completa uma semana camera Antes e depois: veja como era e como ficou a fachada do edifício Cristo Rei após o desabamento de 13 sacadas no último sábado (13) | Reprodução/Google Street View e Cintia Magno/Diário do Pará

Uma semana depois do desabamento das 13 sacadas de um dos lados do edifício Cristo Rei, no bairro da Cremação, em Belém, as investigações que apuram as circunstâncias do ocorrido seguem sob a responsabilidade da Polícia Civil e demais órgãos de segurança.

No entanto, uma peça chave neste complexo "quebra-cabeça" ainda não foi entregue às autoridades: a planta original do prédio construído na década de 80 na rua dos Mundurucus.

A Polícia Civil alega que ainda não teve acesso ao documento que indica como a construção deveria ser erguida, mesmo que a planta já tenha sido solicitada. A partir dela, será possível constatar se houve intervenções irregulares no projeto ou erros de cálculos que possam ter facilitado o desabamento da sacada situada na cobertura do edifício, que levou ao "efeito dominó" visto no acidente.

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Até então, os agentes da Polícia Científica, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil, que atuam nas perícias do caso, trabalham com a possibilidade de que uma infiltração tenha afetado as ferragens da sacada no 13º andar, provocado uma corrosão que fragilizou a estrutura e fez com que ela viesse abaixo, destruindo cada uma das outras sacadas.

Outra hipótese que só poderá ser comprovada a partir da análise da planta original é de que o projeto não previa sacadas, o que pode ter favorecido o desabamento em cadeia. As informações foram repassadas por moradores e já se tornaram alvo de inquérito da Polícia Civil, em pedido enviado pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA).

Apesar disso, a investigação seguirá adiante e não possui uma data específica para ser concluída, apesar de uma estimativa de 10 dias ter sido ventilada pelas autoridades. O retorno dos moradores do edifício ainda não foi autorizado e todos os apartamentos seguem desocupados.

Após uma semana, o foco dos agentes de segurança, em especial do Corpo de Bombeiros, é fazer a retirada dos aparelhos condensadores de ar que estavam nas sacadas atingidas pelo desabamento e foram destruídos. Os equipamentos ficaram pendurados no lado de fora do edifício.

A Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) colocou barreiras de sinalização na calçada, ciclovia e em uma das faixas de rolamento da rua dos Mundurucus, com o intuito de prevenir novos acidentes com possíveis novos desabamentos de escombros ou dos próprios condensadores de ar. Vale lembrar que ninguém se feriu no acidente.

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