Imagine encontrar um ovo de galinha intacto de cerca de mil anos. Parece inacreditável, mas foi exatamente isso que aconteceu em Israel. Pesquisadores o descobriram em uma fossa na zona industrial da antiga cidade de Yavneh, e embora o objeto delicado tenha rachado durante o processo de escavação, sua preservação é um feito impressionante.
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A razão pela qual permaneceu bem conservado ao longo de tantos séculos é bastante curiosa. Ele estava envolvido em resíduos humanos, o que criou condições anaeróbicas, ou seja, sem oxigênio, e impediu sua decomposição. Além do ovo, a fossa também continha três bonecas feitas de osso e uma lamparina a óleo.
Ao removerem o ovo com extrema cautela da fossa, os pesquisadores notaram que a casca havia rachado. Felizmente, Ilan Naor, diretor do Laboratório de Conservação de Materiais Orgânicos da Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA), foi capaz de reparar a rachadura. Embora grande parte do conteúdo dele tenha vazado, um pouco da gema foi preservada para análises de DNA.
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A equipe de arqueólogos conseguiu datar os achados usando a lamparina, que era de um tipo fabricado apenas no final do período abássida. O Califado Abássida governou grande parte do Oriente Médio de 750 até a invasão mongol em 1258, perdendo o controle de Jerusalém durante a Primeira Cruzada em 1099.
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Segundo a arqueóloga Lee Perry Gal, especialista em aves domésticas do mundo antigo, galinhas foram domesticadas no sudeste da Ásia há aproximadamente 6 mil anos, mas levou um tempo para que se tornassem parte da alimentação humana. Inicialmente, elas eram usadas para brigas de galo, além de serem consideradas animais belos e exibidos em zoológicos ou servindo como presentes para membros da realeza.
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