O rei Charles III, depois de ser coroado neste sábado (6), vai contrariar um pedido da própria mãe, a saudosa rainha Elizabeth II. Cerca de três meses antes de morrer, a soberana expressou o "desejo sincero" de que a nora, Camilla, fosse considerada “rainha consorte” após sua partida.
Uma rainha consorte não possui a mesma soberania que o marido, tampouco os poderes militares políticos. É um título concedido à esposa do rei vigente e, claro, seria uma forma de respeitar a rainha anterior, Elizabeth II, falecida em setembro de 2022.
Na prática, porém, a situação é outra. A imprensa britânica tem noticiado que os convites da cerimônia — enviados para mais de duas mil pessoas — mencionam Camilla apenas como “rainha”, um título que também pode representar a soberana.
Neles, se lê: "A coroação de suas Majestades, o rei Charles III e a rainha Camilla. Por ordem do rei, o conde marechal tem o prazer de convidar...". No convite, desenhado pelo artista heráldico e ilustrador de manuscritos Andrew Jamieson, a palavra "consorte" desapareceu, misteriosa e oficialmente.
TRAIÇÃO
Lembrando que, em 1993, quando Charles ainda era casado com Diana Spencer — e Camilla com o militar Andrew Parker Bowles — explodiu o escândalo real envolvendo os dois, chamados de “Camillagate” ou “Tampongate”.
Na época, tabloides ingleses publicaram uma conversa íntima entre Charles e Camilla. A humilhação acabou com o casamento do príncipe com Diana e, doze anos depois, ele se casava com Camilla.
A mulher, incomodada com os ataques que passou a receber, adotou o título de “duquesa da Cornualha”, diferente do “princesa de Gales” usado por Lady Di.
No final das contas, a rainha Elizabeth II acabou aceitando a situação e recebeu Camilla na família real. Contudo, não imaginou que a nora algum dia fosse ostentar o mesmíssimo título que ela carregou por 70 anos.
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