À primeira vista, você pode pensar que está vendo uma foto de crocodilos vivos se movendo pela lama. Mas os animais na verdade são múmias, possivelmente mortas há mais de 2.500 anos em um ritual que honrava Sobek, uma divindade da fertilidade adorada no antigo Egito.
As múmias estavam entre 10 crocodilos adultos, de duas espécies diferentes, cujos restos foram desenterrados de uma tumba em Qubbat al-Hawa, na margem oeste do rio Nilo. A descoberta foi detalhada na revista PLoS ONE na última quarta-feira (29).
Dos 10 restos de crocodilos adultos mumificados encontrados, cinco eram apenas cabeças e os outros cinco estavam em vários estados de conclusão, mas um, com mais de dois metros de comprimento, estava quase completo.
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Os crocodilos não continham resina, e os únicos fragmentos de linho presentes foram quase totalmente comidos por insetos, permitindo que os pesquisadores estudassem as múmias no local da escavação.
Com base na forma do crânio e como as placas ósseas, ou escudos, nos animais foram dispostas, a equipe levantou a hipótese de que a maioria dos crocodilos parecia ser de uma espécie, Crocodylus suchus, enquanto outros eram Crocodylus niloticus.
A falta de resina também indicou que os crocodilos foram mumificados ao serem enterrados no solo quente e arenoso, onde secaram naturalmente antes de serem sepultados, bem antes do período ptolomaico, que durou entre 332 aC e 30 aC.
A equipe levantou a hipótese de que os crocodilos foram enterradas por volta do século V aC, quando a mumificação de animais era cada vez mais popular no Egito. Mas será preciso datação por radiocarbono para saber com certeza. Os arqueólogos esperam que, em um futuro próximo, haja a possibilidade de realizar essa datação, bem como análises de DNA para verificar as duas espécies.
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