O Brasil é recordista mundial em plásticas íntimas, como a da ex-BBB Letícia Santiago, que foi submetida a uma ninfoplastia (para redesignação da vagina). Segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica, só em 2017 mais de 20 mil brasileiras fizeram algum procedimento na região. As informações são do UOL.
De acordo com André Colaneri, cirurgião da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a maior parte das intervenções são apenas estéticas, já que as mulheres ficam constrangidas com as formas da vagina e acabam até evitando relações sexuais.
O ginecologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Marcos Desidério, explica que antigamente a vagina não tinha padrão de beleza, mas "com a internet e o fácil acesso aos filmes pornôs, por exemplo, começamos a criar um".
Especialistas garantem que as plásticas íntimas não provocam melhorias sexuais, que as mudanças são apenas físicas e não mexem na sensibilidade.
As operações duram cerca de 50 minutos a uma hora e meia e a paciente pode ir para casa no mesmo dia. O pós-operatório varia, mas é importante ficar de repouso por três dias. Além de não poder usar roupas apertadas, lavar bem a área e fazer compressas com gelo, a atividade sexual só pode voltar ao normal ao menos um mês após a cirurgia.
Conheça os 6 tipos mais comuns:
Labioplastia (também chamada de ninfoplastia): É a cirurgia mais procurada e indicada para quem tem pequenos lábios muito grandes. A ideia é reduzir o tamanho, evitando que os pequenos lábios se projetem para fora dos grandes lábios.
Redução do monte de vênus: O monte de vênus é localizado acima do púbis -- região com pelos pubianos. Quem busca a operação reclama de ter muito volume no local, ficando em evidência ao usar calças mais justas ou biquínis. A diminuição dessa área pode ser feita com lipoaspiração.
Flacidez dos grandes lábios: É indicada quando o incômodo é nos grandes lábios, por esconderem os pequenos, terem excesso de pele ou flacidez. Para falta de volume, a solução é um enxerto de gordura.
Clitoriplastia: A cirurgia é a mais delicada por ser feita no clitóris. O médico precisa tomar cuidado para não afetar o clitóris e a sensibilidade dele. Pode ser feita para remover excesso de pele da área e deixar o clitóris mais exposto, para reconstituição do órgão ou quando há problemas de má-formação.
Perinoplastia: Pode ser feita por saúde, por mulheres que sofreram alterações na vagina decorrentes de partos ou outras lacerações na musculatura, que podem causar até incontinência urinária. Mas também pode ser estética, feita por pacientes que querem deixar a região mais "justa".
Reconstrução do hímen: Quando a mulher faz sexo pela primeira vez, ela rompe a pele que fecha parcialmente o orifício da vagina, o hímen. Na cirurgia, o profissional une os pedaços restantes do hímen. Aí ao transar pela primeira vez após a operação, a paciente rompe o hímen de novo. Não é possível sentir o rompimento ou nada parecido, é algo simbólico.
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(Com informações do UOL)
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