O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) confirmou, na quarta-feira (26), que 11 ararinhas-azuis testaram positivo para circovírus na Bahia. O vírus, considerado letal na maior parte dos casos, foi identificado em aves que integram o Programa de Reintrodução da Ararinha-Azul, em Curaçá (BA).
As análises foram iniciadas após suspeitas de contaminação no grupo reintroduzido na Caatinga. O ICMBio investiga agora a origem do vírus. Como medida imediata, as aves infectadas serão isoladas das demais, e novos protocolos de biossegurança passarão a ser adotados.
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O grupo afetado é composto por ararinhas repatriadas da Europa, soltas na natureza desde 2022. Elas foram recapturadas no início deste mês para uma avaliação sanitária, que acabou confirmando a infecção.
O primeiro registro de circovírus entre as ararinhas ocorreu em maio. Desde então, o ICMBio implementou um Sistema de Comando de Incidente para coordenar a chamada “Emergência Circovírus” e conter o avanço da doença entre ararinhas e outros psitacídeos da região.
Vistorias realizadas pelo ICMBio, em conjunto com o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema) e a Polícia Federal, identificaram falhas de biossegurança no Criadouro para Fins Científicos do Programa de Reintrodução. A unidade recebeu uma notificação e, após reincidência, foi autuada em cerca de R$ 1,8 milhão — valor também aplicado ao diretor do criadouro.
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Entre as irregularidades constatadas estavam a ausência de limpeza e desinfecção adequadas das instalações e utensílios, incluindo comedouros com acúmulo de sujeira e fezes ressecadas. Além disso, foi determinado o uso obrigatório de equipamentos de proteção individual pelos funcionários, após verificações de que o manejo das aves era feito apenas com chinelos, bermuda e camiseta.
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