
Este sábado (5) foi marcado por uma operação policial delicada no Rio de Janeiro: Danúbia de Souza Rangel, ex-companheira do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, foi presa instantes após dar à luz em uma maternidade na Barra da Tijuca. A prisão chama atenção não apenas pelo momento em que foi executada, mas também pela trajetória da mulher que, mesmo longe da favela onde ganhou fama, ainda é vista pela polícia como uma das lideranças simbólicas do tráfico na comunidade da Rocinha.
A ação foi realizada por agentes da 72ª Delegacia de Polícia (São Gonçalo), que já monitoravam a movimentação de Danúbia devido ao seu estado avançado de gravidez. Segundo o delegado Fábio Souza, a prisão foi cuidadosamente planejada. “Sabíamos que ela estava grávida e que iria se internar em um hospital para fazer o parto. Quando identificamos o local, fomos até lá e efetuamos a prisão”, disse o titular da unidade.
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Danúbia permanecerá sob custódia policial na maternidade até receber alta médica. Após isso, será transferida para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, onde passará por audiência de custódia. Ela foi condenada a 9 anos e 4 meses de prisão em regime fechado por tráfico de drogas.
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De influenciadora a condenada
Desde que deixou o presídio em janeiro de 2023, após cumprir parte da pena anterior, Danúbia passou a atuar nas redes sociais como influenciadora, tentando se distanciar do passado ligado ao tráfico. No entanto, a Justiça entendeu que ainda havia pendências legais e decretou sua prisão com base em uma condenação definitiva.
Em 2017, ela foi detida inicialmente por associação ao tráfico de drogas e corrupção ativa. Dois anos depois, quando progredia para o regime semiaberto, foi flagrada com um celular contendo selfies em sua cela. O episódio a fez voltar para o regime fechado.
Mesmo longe da Rocinha, a polícia ainda a considera uma figura de influência na comunidade. “Ela continua sendo vista como xerifa da Rocinha”, informou um dos investigadores.
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