O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quinta-feira (25) um pacote de medidas para retomar a produção de carros populares no Brasil e aumentar o acesso da população a veículos novos.
As medidas foram anunciadas em evento no Palácio do Planalto, com a presença de Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), com representantes do setor automotivo. O pacote foi desenhado por Alckmin, também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Na reunião, Lula e Alckmin anunciaram medidas de curto prazo para ampliar o acesso da população a carros novos e alavancar a cadeia produtiva ligada ao setor automotivo brasileiro. O encontro contou com a presença de ministros e representantes de trabalhadores e fabricantes da indústria automotiva.
Na ocasião, Lula também divulgou a produção de um pacote para baratear o valor dos carros populares novos. O mandatário costuma mencionar o alto preço dos veículos novos em seus discursos.
LEIA TAMBÉM:
INSS começa a pagar 1ª parcela do 13º; veja quem recebe
Governo abre processo seletivo para contratação temporária
Carros de entrada?
A dificuldade está em chegar em um valor para que alguns modelos sejam oferecidos na faixa entre R$ 50 mil e R$ 60 mil.
A intenção inicial do governo, era de proporcionar valores na faixa de R$ 45 mil a R$ 50 mil, que se tornaram inviáveis. A meta agora é ter pelo menos um modelo com cerca de R$ 55 mil.
Para que isso ocorra, o governo tenta envolver os estados com corte no ICMS, essa medida somaria à redução do IPI (imposto federal) e das margens de lucro de montadoras e concessionárias.
O pacote imposto pelo governo deve incluir juros subsidiados para o financiamento e prazos mais longos para as parcelas.
Outra questão que também está em discussão é o uso de parte do FGTS do trabalhador como uma espécie de “fundo garantidor” em caso de inadimplência. Os juros altos são citados pelas montadoras como o principal entrave para as vendas.
O governo também quer impor medidas para reduzir os preços de automóveis de até R$ 100 mil, que estão fora do segmento conhecido como “popular” (ou “de entrada”). Hoje em dia os dois modelos mais baratos à venda são o Renault Kwid e o Fiat Mobi, ambos por R$ 69 mil.
Desde a pandemia, as vendas de automóveis sofreram uma queda drástica, com essa nova medida a indústria automobilística espera que as vendas do setor alavanque.
Comentar