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FALSIFICAÇÃO DE CARTÕES DE VACINA

Defesa de Bolsonaro jogará culpa da fraude em Cid e aliados

Advogados do ex-presidente já bolaram estratégia para a defesa em meio às investigações da Polícia Federal sobre a fraude em carteiras de vacinação de Bolsonaro e sua comitiva.

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Imagem ilustrativa da notícia Defesa de Bolsonaro jogará culpa da fraude em Cid e aliados camera Advogados de Jair Bolsonaro argumentarão que os documentos do ex-presidente foram fraudados por Mauro Cid e demais seguranças "em proveito próprio" | Divulgação/Agência Brasil

Em meio ao escândalo das fraudes em dados de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de sua filha e de parte da sua comitiva, a defesa dele já traçou uma estratégia para isentar o político de responsabilidade sobre os crimes investigados.

Os advogados deverão alegar que o tenente-coronel Mauro Cid e os seguranças presos durante a operação da Polícia Federal falsificaram os documentos "em proveito próprio".

As informações foram publicadas pela colunista do UOL, Thaís Oyama. De acordo com ela, a defesa do ex-presidente tem divulgado que Jair Bolsonaro não estava ciente das ações de seus assessores.

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Além de Mauro Cid, o sargento Max Guilherme Machado de Moura e o capitão da reserva Sérgio Rocha Cordeiro, que eram seguranças do ex-presidente, também foram presos na operação.

A tese do proveito próprio disseminada pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro é baseada no direito dos seguranças de obterem o visto A1, porém apenas quando estiverem acompanhando a comitiva de um presidente, ou ex-presidente.

No caso em questão, Bolsonaro ainda ocupava o cargo de presidente da República quando viajou para os Estados Unidos.

O visto A1 é um visto diplomático que isenta o portador da jurisdição vigente no momento. Isso significa que nem Mauro Cid nem os demais seguranças precisariam apresentar o certificado de vacinação, pois estavam na comitiva do ex-presidente.

De acordo com a defesa, o proveito próprio estaria nas viagens posteriores realizadas pelos seguranças. Devido à troca de turno, eles foram e voltaram dos EUA duas ou três vezes. Nessas ocasiões, eles já não estavam mais na comitiva presidencial e, portanto, teriam que entrar como passageiros comuns, sujeitos às regras de vacinação aplicáveis a todos.

Thaís Oyama também relatou que, no dia da prisão, uma fonte que conversou com os dois seguranças afirmou que eles admitiram não terem tomado a vacina contra a Covid-19. Ao serem questionados, afirmaram que não receberam a vacina.

É importante ressaltar que existem registros de vacinação para o sargento Max e o capitão Cordeiro tanto no sistema do ConectSUS quanto em Duque de Caxias, assim como no caso do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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