O acesso do Clube do Remo à Série A do Campeonato Brasileiro, após longos 31 anos de ausência, não apenas mobilizou multidões no Mangueirão, tomou conta das ruas de Belém e incendiou as casas azulinas; ele também ofereceu à Nação Azulina uma das cenas mais emblemáticas dessa conquista histórica — o choro incontido de um jovem que carrega um sobrenome pesado na memória do futebol paraense.
No último domingo (23), a vitória de virada por 3 a 1 sobre o Goiás selou o retorno do Leão à elite e inundou as redes sociais com registros da celebração. Mas entre tantos momentos de festa, um vídeo em particular tem tocado fundo os remistas: o de Artur Júnior, filho de Artur Oliveira, o eterno "Rei Artur". A gravação, que rapidamente viralizou no TikTok, mostra o herdeiro do ídolo azulino desabando em lágrimas assim que o árbitro Raphael Claus encerra a partida.
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No fundo, vozes tentam avisá-lo de que o jogo entre Cuiabá e Criciúma também chegara ao fim - resultado que sacramentava de vez o retorno do Leão Azul à Série A. Vestido com a camisa 10 do Remo e agarrado a uma bandeira do clube, ele simplesmente se joga ao chão, sem sequer olhar para a televisão. É emoção pura, incontida, de quem cresceu ouvindo histórias do pai e viveu, enfim, seu próprio grande momento como torcedor.
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O LEGADO DA MAJESTADE AZULINA

A comoção que tomou Artur Júnior, 30 anos, justifica-se pela memória que carrega dentro de casa. O pai, Artur Duarte Oliveira, natural de Rio Branco (AC), construiu em Belém uma parte brilhante de sua trajetória como atleta. Entre 1991 e 1992, foi peça vital no time responsável pelo acesso à Série A de 1993 - justamente o feito que agora volta a ser celebrado pela torcida remista. O talento do "Rei Artur" o levou à Europa, passando por Boavista e Porto, mas foi no Baenão que ele decidiu encerrar a carreira, em 2004, eternizando laços com o clube que o consagrou.
Três décadas depois, o Remo volta a ocupar o lugar que sua torcida sempre acreditou merecer. E a imagem do filho do Rei Artur chorando, diante de uma vitória que atravessa gerações, talvez seja o retrato mais honesto do que significa, para os azulinos, reencontrar a elite do futebol brasileiro. É história, é legado - e é, sobretudo, paixão.
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