Nem mesmo o torcedor mais pessimista, aquele acostumado com a decepção rotineira e campanhas frustrantes no gramado, esperava uma sequência tão decepcionante efetuada pelo Clube do Remo nesta temporada. A doce ilusão criada no começo do calendário futebolístico com direito a invencibilidade e vitória contundente sobre um adversário da elite do país (Corinthians-SP), deu lugar a uma dura realidade com apresentações vergonhosas, resultados catastróficos e previsão de uma continuidade nada promissora nas quatro linhas devido ao aproveitamento aquém do esperado. A consequência disso tem como base a ruindade em todos os pilares fundamentais no esporte: limitação defensiva, fragilidade no setor de construção, ineficácia ofensiva e apatia da comissão técnica.
Vexame em duas frentes. Depois de tomar sacode em todos o seus três compromissos pela Série C, o Leão Azul voltou a miar no gramado, agora pelo Estadual, ao sair derrotado por 1 a 0 no jogo de ida pela final da competição. A estatística conjunta das competições demostra o marasmo azulino.
Nas quatro partidas entre Terceirona (3) e Parazão (1), o Clube do Remo sofreu oito gols e marcou apenas três, registros dignos de um grupo perdido e com perfil de lanterna, posição em que o time paraense tem assumido na competição nacional.
Ciente da fase ruim, o Leão Azul entende que daqui pra frente cada embate é decisivo para os seus anseios. O jogo pela 4ª rodada contra o São José-RS, por sinal, é o típico teste para cardíaco, com a equipe de Marcelo Cabo almejando o triunfo em um gramado sintético. Qualquer outro resultado deve culminar com atitudes severas no Baenão.
TUDO OU NADA
Em uma espiral negativa recente, com a zica dando as ordens pelos lados do Baenão, o discurso de cada membro do elenco profissional do Clube do Remo tem se limitado a promessas.
O atacante Muriqui, artilheiro da equipe e um dos pouquíssimos que tem ido além no gramado, pondera. “Levantar a cabeça e buscar a Série C que é o foco. Não temos outra opção, entramos com o clube nessa situação e agora temos que sair. Trabalhar muito e falar pouco”.
Comentar