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Leifert diz que torcedora do Palmeiras morta "assumiu risco"

Apresentador se desculpou por desinformação em vídeo nas redes sociais e abordou a morte da palmeirense Gabriela Anelli.

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Imagem ilustrativa da notícia Leifert diz que torcedora do Palmeiras morta "assumiu risco" camera Leifet virou assunto mais comentado após falar sobre morte de torcedora | Divulgação/TV Globo

Na tarde desta segunda-feira (10), Tiago Leifert se tornou um dos assuntos mais comentados no Twitter. O apresentador, conhecido pela participação em programas de televisão e pela cobertura esportiva, gerou debate ao se posicionar sobre a morte de Gabriela Anelli, torcedora de 23 anos do Palmeiras, que foi atingida no pescoço por estilhaços de uma garrafa antes da partida contra o Flamengo, no último sábado, no Allianz Parque.

Durante uma transmissão ao vivo no canal "Canal 3 na Área", no Youtube, Tiago Leifert lamentou o ocorrido, mas cometeu um equívoco ao afirmar que a torcedora foi atingida durante um confronto entre palmeirenses e flamenguistas na Rua Palestra Itália.

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Veja o vídeo:

Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), a briga à qual ele se referiu aconteceu na Rua Caraíbas, já durante a partida. Gabriela foi atingida antes mesmo do início do jogo.

Após perceber o erro, o apresentador utilizou suas redes sociais para se desculpar pela desinformação, por meio de um vídeo. No entanto, Tiago Leifert afirmou que Gabriela, por ser membro de uma torcida organizada, "assumiu um risco". Ele aproveitou a oportunidade para levantar a necessidade de um debate sobre o papel das torcidas uniformizadas no país.

“Cometi um erro baseado nos relatos de Polícia Militar e imprensa, mas a gente já tem mais detalhes sobre o que aconteceu. Eu tinha dito que a torcedora que foi assassinada estava no confronto do portão A, mas ela estava próxima ao portão B, o visitante. Então peço desculpas”, disse.

“Porém, a gente precisa conversar sobre o que está acontecendo nos estádios. Eu não estava espalhando fake news. Ela era de uma organizada. Não muda o fato, mesmo se ela estivesse no portão B provocando. Mas, hoje, quem é de torcida organizada assume um risco. Todas as tragédias que acontecem são de organizada e é isso que precisa ser discutido. Por que as organizadas estão por aí e, em um dia como hoje, meu erro de informação é tão mais importante do que um confronto de organizada. Estou há semanas dizendo que alguém vai morrer e esse problema ninguém discute”, completou.

A morte de Gabriela Anelli foi confirmada pelo irmão da torcedora nesta segunda-feira. Ela estava internada desde sábado em estado grave no Hospital Santa Casa, no centro da cidade, mas não resistiu aos ferimentos. Os familiares de Gabriela chegaram a realizar uma campanha nas redes sociais para a doação de sangue, a fim de ajudá-la.

De acordo com informações do SSP, Gabriela foi ferida em uma confusão nas proximidades do portão C, na Rua Padre Antônio Tomas, perto da entrada destinada aos visitantes. Havia uma divisão de metal separando as torcidas, e os torcedores do Flamengo arremessaram garrafas e pedras para cima dessa proteção.

Outro confronto entre palmeirenses e flamenguistas, na Rua Caraíbas, foi contido com a intervenção da Polícia Militar, que utilizou bombas de efeito moral e gás de pimenta. A partida precisou ser paralisada por duas vezes devido à proteção nos olhos de jogadores e torcedores nas arquibancadas.

Veja o vídeo:

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