A CBF não esconde seu desejo de aguardar o que for preciso para ter o técnico Carlo Ancelotti no comando da seleção brasileira. Na opinião de Richarlison, o treinador é a peça correta para resgatar o moral da equipe nacional após nova queda nas quartas de final de uma Copa do Mundo. O atacante do Tottenham já trabalhou sob a direção do italiano do Real Madrid no Everton e não poupa elogios ao “amigo” com o qual trocou mensagens e ligações recentemente.
“Ancelotti é um cara que ganhou tudo na Europa. Com certeza, se vier, se estiver aqui, vai nos ajudar muito, estaremos brigando por tudo”, aposta Richarlison, lembrando da época em que era dirigido pelo treinador. “No Everton eu me sentia um fenômeno na mão dele, comecei a fazer gol sem parar. Todo fim de jogo ele me levava para casa, me sentia até filho dele”, revela, ao mesmo tempo em que se mostra um tanto incomodado com essa demora na escolha de um novo comandante.
“Um pouco difícil (Essa situação). A gente quer começar a preparação o quanto antes, pois sabe da dificuldade de uma Copa. Queremos trabalhar forte, com um técnico fixo para pegar as características dele, saber o que ele quer, mas não temos o que fazer. Queremos ouvir e aguardar o presidente (Ednaldo Rodrigues), ver o que ele vai decidir”, se esquiva, tentando manter a concentração no amistoso com Guiné, neste sábado, em Barcelona.
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Por causa do jogo na Espanha, um possível interesse do Real Madrid foi assunto na coletiva de Richarlison. Ele tratou de desmentir que pudesse ser o substituto de Benzema. “Ancelotti me treinou no Everton e a gente conversa bastante. Esses dias liguei para ele, estava com o Vini, mas é só amizade mesmo”, diz. “Todo jogador quer vestir a camisa do Real Madrid, o maior clube do mundo. É um sonho, mas tenho um clube, um contrato e tenho de mostrar porque me compraram por valor alto. Essa temporada foi abaixo, sofri com lesões, e tenho de mostrar com a camisa do Tottenham ainda.”
Questionado na seleção brasileira, o jogador usou seu desempenho como escudo e pegou pesado com os críticos. “Quando visto a camisa da seleção me sinto diferente, mais preparado, vamos dizer assim, por isso tudo começa a fluir dentro de campo. Faço bastante gols aqui na seleção. Todos podem contestar, mas quando visto a camisa dou conta do recado.”
Treinado por Ancelotti no Real Madrid, o atacante Rodrygo também não escapou do assunto. E disse que seria interessante se conseguisse estar tanto no clube merengue quanto no comando da seleção. “É difícil porque tem contrato para a próxima temporada com o Real Madrid. Mas seguimos confiando muito no presidente da CBR e veremos o que vai acontecer.”
Sobre o trabalho do atual comandante na Espanha, ele também crê que a seleção brasileira melhoraria bastante. “Ele agregaria muito, pois traz essa mentalidade vencedora. Ancelotti sabe trabalhar bem o vestiário.”
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