O trabalho nas próximas semanas dos promotores do Ministério Público de Goiás (MP-GO) a respeito de manipulação de jogos do futebol brasileiro promete ser minucioso.
Os investigadores vão avaliar o conteúdo de celulares, notebooks, anotações e outros equipamentos eletrônicos apreendidos na operação desta terça-feira (18), batizada de Penalidade Máxima.
Houve buscas e apreensões em cinco estados, além de Goiás. Logo, esse material ainda precisa chegar às mãos dos promotores.
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O planejamento envolve interrogatórios com os jogadores suspeitos e operadores do esquema de apostas que mexeu com seis jogos da Série A 2022 e outros cinco jogos de estaduais em 2023.
A análise dos documentos vai embasar a formulação da denúncia que o MP fará, caso se configurem os crimes.
"Foram dezenas de equipamentos eletrônicos apreendidos, como celulares, notebooks, HDs externos e anotações. Tem que realizar interrogatórios, há dezenas a serem feitos. Esse momento agora é de analisar o material probatório e avaliar o que se tem para decidir os próximos rumos", afirmou Fernando Cesconetto, promotor do MP-GO.
LINHA DE CONTINUIDADE
Os promotores tratam alguns fatos como "indícios" e querem juntar as provas para embasar a tese.
Entre os alvos da investigação atual, nove são jogadores. Três operadores do esquema de apostas foram presos preventivamente.
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Durante a primeira fase da operação, desencadeada em fevereiro, o MP conseguiu informações com quebras de sigilo bancário, conversas armazenadas em celulares, além de interrogatórios já feitos.
O intervalo entre a operação e a entrega da denúncia à Justiça na primeira fase foi de aproximadamente um mês.
Não há elementos que apontem envolvimento de clubes, árbitros e federações.
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