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DEPOIS DE 30 ANOS

Skank encerra carreira e se apresenta pela última vez 

Músicas mais frequentes em apresentações na última década vêm de "Calango" e "O Samba Poconé", mostra levantamento

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Imagem ilustrativa da notícia Skank encerra carreira e se apresenta pela última vez  camera Da esquerda para a direita, Henrique Portugal, Samuel Rosa, Lelo Zaneti e Haroldo Ferretti, do Skank | ( Divulgação )

A década de 1990 representa a era de ouro do Skank nos palcos. É desse período que surgiram os sucessos mais tocados nos mais de 30 anos de história da banda, que faz seu último show da turnê de despedida em Belo Horizonte no fim de semana.

Apesar da sequência de hits que embalaram festas e novelas nos anos 2000, as músicas mais recorrentes em apresentações da última década vêm do início da carreira --de "Calango", disco de 1994, o segundo da banda, e de "O Samba Poconé", de 1996.

É de se esperar que os sucessos antigos sejam mais tocados do que os recentes no acumulado de shows de uma banda longeva. Só que, no caso do Skank, as músicas do início da carreira predominam mesmo em setlists de turnês feitas em anos de lançamento de discos, que poderiam priorizar as novidades.

Considerando apresentações feitas depois de 2014, ano do último álbum de estúdio, as músicas do "Calango", lançado duas décadas antes, são as mais frequentes no palco. Foram tocadas 483 vezes, o dobro de vezes das músicas de "Velocia", último disco.

Já as faixas de "O Samba Poconé", terceiro da banda, foram tocadas 317 vezes em apresentações. Na lista de popularidade, "Cosmotron", de 2003, vem em terceiro lugar, com 248 músicas tocadas na última década, e em quarto, "Maquirana", de 2000, com 245.

"Calango", com influência de ska e pinceladas de crítica social --é o disco de "Pacato Cidadão" e "Esmola"--, foi o responsável por projetar a banda mineira no Brasil. São dele os sucessos "Jackie Tequila", "É Proibido Fumar" e "Te Ver".

Capa de "Calango", segundo álbum o Skank, de 1994, o mais recorrente em shows até hoje Divulgação/Skank **** Já "O Samba Poconé" é o que levou o Skank à fama internacional. É o álbum de "Garota Nacional" e "É uma Partida de Futebol" -a música mais tocada da história da banda.

A Folha produziu a análise a partir de setlists de 157 shows presentes no Setlist.fm. O site é alimentado com informações fornecidas pelos fãs e dá um panorama das principais apresentações feitas, em especial nas duas últimas décadas.

Analisando apenas os shows pós-2014, as músicas mais recorrentes do repertório são "Saideira", do álbum "Siderado", de 1998, tocada 97 vezes, seguida de "É Uma Partida de Futebol", "Jackie Tequila", "Vou Deixar" e "Garota Nacional".

Logo depois, aparecem os hits dos anos 2000: "Vamos Fugir", composição de Gilberto Gil, gravada pelo Skank 2004 e tocada 92 vezes, seguida de "Ainda Gosto Dela", de 2008, "Ela Me Deixou", de 2014, "Três Lados", de 2000, e "Acima do Sol", de 2001. A romântica "Te Ver", do "Calango", também entra na lista.

Os álbuns de estúdio menos contemplados nesse recorte são "Carrossel", de 2006, e "Radiola", de 2004 --de "Uma Canção é Pra Isso" e "Vamos Fugir", respectivamente.

Em mais de 30 anos de shows, a líder absoluta em shows do quarteto é "Partida de Futebol" (tocada 137 vezes), seguida de "Jackie Tequila" (137), "Garota Nacional" (134), "Vou Deixar" (130) e "Saideira" (127).

Das 50 canções mais frequentes desde 2014, a metade vem da primeira década da banda. O resto é distribuído entre os outros 14 anos de gravações.

Fãs atentos podem pontuar que os anos 1990 encabeçam entre as favoritas devido à turnê "Os Três Primeiros", na qual o grupo percorreu o Brasil tocando apenas os três primeiros discos, em 2018 e 2019. Mesmo excluindo esse período, no entanto, o padrão é o mesmo e elas concentram boa parte dos setlists.

A iniciativa de tocar apenas esses álbuns reforça o reconhecimento dada pela própria banda ao seu trabalho inicial, que rendeu um disco ao vivo gravado no Circo Voador, no Rio, em 2018.

Foi justamente no fim dos anos 1990, com "Siderado" (1998), que lança "Resposta" -escrita por Nando Reis para ilustrar o fim de um romance passado com Marisa Monte-, que o Skank migrou para uma segunda fase. Passou do calango, deixando o sopro mais de lado, e migrou para o pop rock melódico, com mais presença de violão.

À Folha, o vocalista Samuel Rosa explicou que a decisão de parar significa a proteção ao legado do Skank--a banda não quer virar cover de si mesma, em suas palavras.

AS 20 MÚSICAS MAIS TOCADAS EM SHOWS DO SKANK

Análise contempla setlists da última década, que contemplam todos os discos da banda

1. Saideira

Siderado (1998)

2. É Uma Partida de Futebol

O Samba Poconé (1996)

3. Jackie Tequila

Calango (1994)

4. Vou Deixar

Cosmotron (2003)

5. Garota Nacional

O Samba Poconé (1996)

6. Vamos Fugir

Radiola (2004)

7. Ainda Gosto Dela

Estandarte (2008)

8. Te Ver

Calango (1994)

9. Ela me Deixou

Velocia (2014)

10. Três Lados

Maquinarama (2000)

11. Acima do Sol

Ouro Preto MTV Ao Vivo (2001)

12. É Proibido Fumar

Calango (1994)

13. Canção Noturna

Maquinarama (2000)

14. Tão Seu

O Samba Poconé (1996)

15. Resposta

Siderado (1998)

16. Dois Rios

Cosmotron (2003)

17. Sutilmente

Estandarte (2008)

18. Amores Imperfeitos

Cosmotron (2003)

19. Esmola

Calango (1994)

20. Esquecimento

Velocia (2014)

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