Lembra do brilhante e premiado filme "Sempre ao seu Lado"? A produção conta a história de um cachorro chamado Hachiko e seu dono Parker Wilson (Richard Gere), um professor universitário que passava todo dia por uma estação de trem, adotando o cão e dando início a uma grande história de amor e amizade entre homem e animal.
Mas, para quem não sabe, a história foi baseada em fatos reais. Hachiko, um cão japonês da raça Akita, esperava pelo dono todos os dias na estação de trem, até mesmo após a morte dele. Nesta segunda-feira (3), Hachi faria 100 anos.
O animal se tornou um ícone, sendo tema, além do filme, de livros e também animações, como no desenho Futurama.
Akita é um cão de grande porte, uma das raças mais antigas e populares do país. É conhecido por sua lealdade, inteligência e coragem. Ele nasceu em novembro de 1923 na cidade de Odate, na província de Akita, local de origem da raça.
A popularidade do animal é tão grande, que ele possui uma estátua em Tóquio e a história de vida dele é ensinada para crianças em escolas japonesas mostrando um grande exemplo de lealdade e devoção.
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História real
No ano em que Hachiko nasceu, o renomado professor de agricultura Hidesaburo Ueno, pediu para que um aluno conseguisse um filhote da raça para ele.
O filhote chegou à residência do educador após uma longa viagem de trem, e a princípio, todos pensaram que o cão estava morto.
Mayumi Itoh, biógrafa de Hachiko, contou que Ueno e a esposa, Yae, cuidaram dele por cerca de três meses até a recuperação.
Como na história cinematográfica, o dono pegava um trem para o trabalho diversas vezes por semana. Ele ia até a estação de Shibuya acompanhado de seus três cachorros, incluindo Hachiko. O trio esperaria ali por seu retorno à noite.
Em 1925, quando o famoso cãozinho estava com ele há apenas seis meses, Ueno, então com 53 anos, morreu em decorrência de uma hemorragia cerebral.
Hachiko passou diversos meses com variadas famílias, mas ao final, ficou com o jardineiro do antigo dono, Kikusaburo Kobayashi. De volta a cidade do falecido Ueno, o animal passou a fazer o trajeto diariamente na esperança de encontrar o amigo.
No início, vendedores do local achavam até inconveniente a presença do cachorro todos os dias no mesmo local, chegando até mesmo a jogar água no animal.
Mas depois que o jornal japonês Tokyo Asahi Shimbun escreveu sobre ele, em outubro de 1932, Hachiko ganhou fama nacional.
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