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GERSON NOGUEIRA / DIÁRIO DO PARÁ

Baixas atrapalham Clube do Remo no Paraense

Empates seguidos com Caeté, Bragantino e Cametá deixaram no torcedor a impressão de que a caminhada no Parazão será tão ou mais complicada do que foi a campanha de 2022.

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Imagem ilustrativa da notícia Baixas atrapalham Clube do Remo no Paraense camera GERSON NOGUEIRA |

O começo da caminhada do Remo na temporada 2023 começou a ser traçado ainda em novembro do ano passado, com o acerto firmado com o técnico Marcelo Cabo e o anúncio das primeiras contratações de jogadores. Essas providências deixaram a impressão de que o time estaria tinindo para o Campeonato Paraense. Como nem sempre tudo sai como o planejado, os amistosos de preparação mostraram um time longe do mínimo ideal.

Empates seguidos com Caeté, Bragantino e Cametá deixaram no torcedor a impressão de que a caminhada no Parazão será tão ou mais complicada do que foi a campanha de 2022, quando o time em nenhum momento passou confiança, embora no final tenha conquistado o título.

Algumas situações contribuem para ampliar as dificuldades naturais do processo de entrosamento. A ausência de dois titulares fundamentais, o lateral-esquerdo Leonam e o volante Anderson Uchoa, foi determinante para comprometer o equilíbrio do meio-de-campo e afetar as ações ofensivas, pois Leonam é um lateral-ala conhecido por se projetar o tempo todo para auxiliar o ataque.

Sem Leonam e Uchoa, o sistema 4-4-2 experimentado por Marcelo Cabo e que deve ser usado na estreia diante do Independente, domingo, não terá a mesma eficiência. Vai depender bastante da movimentação que o meia Soares der ao setor de criação e das ações do atacante Muriqui, artilheiro da equipe na temporada.

Mais do que a insegurança defensiva exposta pelos gols tomados nos amistosos, Cabo precisa se preocupar em produzir formulações e alternativas para o setor de ataque, agora concentrado exclusivamente em Muriqui e Diego Tavares, auxiliados por Soares.

Vaias na derrota fazem Papão cancelar novo amistoso

O PSC, que tanto lamentou o pouco tempo para uma preparação mais adequada, de repente decidiu não fazer mais nenhum amistoso antes da estreia no Campeonato Paraense, remarcada para quinta-feira (8) contra o Itupiranga. O futebol nem sempre é regido pela coerência, mas ninguém entendeu direito a mudança de foco.

Na prática, levando em conta declarações do técnico Márcio Fernandes depois da derrota para a Tuna, domingo, o problema está relacionado ao receio de novas lesões no elenco. Diante dos cruzmaltinos, o Papão perdeu quatro jogadores, entre os quais o volante Ricardinho.

Márcio chegou a reclamar da arbitragem, que em sua opinião foi leniente em relação ao jogo violento. Na real, se houve rispidez nos lances isso não pode ser atribuído exclusivamente à Tuna. Os bicolores também cometeram faltas duras. De maneira geral, porém, o jogo não foi marcado por deslealdade.

A questão de fundo parece mesmo ter sido a revolta da torcida em relação à atuação do time. No fim do jogo, comissão técnica, jogadores e diretoria foram muito vaiados pelos torcedores na Curuzu. O motivo para o cancelamento de um novo amistoso está diretamente relacionado a isso.

Guardiola e a pressão irresistível dos 4 segundos

No Bayern de Munique, na temporada de 2013, Pep Guardiola assombrava os alemães com algumas ideias que norteavam seu processo de treinamento do time. Não queria ver os atacantes Ribéry ou Robben se esfalfando em corridas de 80 metros para perseguir zagueiros adversários. Preferia que a pressão fosse eficiente e durasse não mais que quatro segundos.

“Basta voltar até o meio de campo. O que precisamos conseguir é fazer pressão todos juntos durante esses poucos segundos e recuperar rápido a bola, lá na frente”, explicava a fórmula simples, sempre em alemão perfeito, na preleção aos jogadores.

Essa passagem consta de “Guardiola Confidencial”, livro do jornalista espanhol Martí Perarnau, obrigatório para quem ama o futebol e suas táticas.

Grana americana faz Chelsea estourar janela europeia

Dinheiro não é problema para o abastado Chelsea. Em queda livre nos últimos três anos, o clube inglês resolveu abrir os cofres na recém-finda janela de transferências anunciando a contratação de oito reforços. Essa fúria consumista contribuiu para que a janela de janeiro se tornasse a segunda mais robusta de toda a história moderna, inferior apenas à de 2018, que atingiu 1,7 bilhão de euros (R$ 9,4 bilhões).

O mercado internacional da bola movimentou nada menos que 1,6 bilhão de euros (R$ 8,8 bilhões), crescendo 45,5% em comparação com 2022.

Alavancado pela ambição e a fortuna do novo proprietário, o investidor americano Todd Boehly, o Chelsea foi o clube europeu que mais gastou na janela, torrando 329,5 milhões de euros (R$ 1,8 bilhão), fechando cinco das 10 maiores transações.

A mais cintilante contratação foi a do meia argentino Enzo Fernández, grande revelação da Copa do Mundo do Qatar, que foi comprado ao Benfica por 121 milhões de euros (R$ 667, milhões).

Fora do top 10 de transações, as transferências de jogadores brasileiros que mais se destacaram na janela são os seguintes: 1 - Danilo (Nottingham Forest-ING): 20 milhões de euros; 2 - João Gomes (Wolverhampton-ING): 18,7 milhões de euros; 3 - Gerson (Flamengo): 15 milhões de euros; 4 - Andrey Santos (Chelsea-ING): 12,5 milhões de euros; e 5 - Jeffinho (do Botafogo para o Lyon-FRA): 10 milhões de euros.

A janela de transferências no Brasil é mais ativa no começo do ano e permanece aberta até 3 de abril para reforços vindos de outras partes do mundo. Transações entre clubes nacionais não têm prazo ou restrição de datas.

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