As vendas de motos estão em alta. Segundo a Fenabrave, 2022 fechou com aumento de cerca de 19% sobre 2021, atingindo cerca de 1 milhão e 420 mil unidades comercializadas. Esses dados positivos são justificados pela disparada no preço dos combustíveis e pela busca por deslocamentos mais baratos. “A principal explicação para essa adesão é a economia gerada pela compra desse tipo de veículo, na comparação com um carro. Hoje, o preço médio de uma moto está em torno de R$ 17 mil, enquanto que um carro popular já chega perto dos R$ 70 mil”, avalia o diretor de operações da concessionária Blokton, Rudney Doscher. Segundo ele, o cenário criado pela pandemia causou ruptura, impulsionando o mercado motociclístico a ser um dos mais crescentes e promissores para os próximos anos. “A população percebeu a importância de concentrar-se na economia e na utilidade. E essa virada de chave ajudou a trazer mais volume para o segmento”, analisa Rudney.
Além disso, a alta desenfreada dos combustíveis foi decisiva para que muitos trocassem o carro pela moto. “Com o combustível mais caro, temos observado muitas pessoas migrando do carro para o segmento de duas rodas”, declara o chefe comercial da Dealersites, Marcos Pavesi. De acordo com o especialista da startup de digitalização automotiva, a ascensão das motos empurra o setor para investir em tecnologia e inovação para acompanhar as necessidades do consumidor: “Soluções que facilitam a venda desse tipo de veículo têm tudo a ver com aproveitar o bom momento do setor motociclístico e garantir qualidade no serviço”, destaca.
DELIVERY – O preço dos combustíveis, o desemprego e o aumento na demanda pelos serviços de delivery durante a pandemia levaram mais motociclistas pras ruas. Hoje, as motos ultrapassam 30 milhões de unidades e já são mais de 35,2 milhões de pessoas aptas a pilotar esse tipo de veículo, segundo a Abraciclo. E o interesse crescente pelas motos vem acompanhado da necessidade de agilidade e confiança no processo de compra. “As motos se apresentam também como opção de ganho de renda. E a economia puxa essa demanda, já que muitos optam por um meio de transporte rápido e barato pra trabalhar no segmento de delivery ou moto-táxi”, diz Rudney, que atua na maior concessionária de motos Honda do Paraná. Além dos valores das parcelas e das taxas de financiamento serem inferiores aos do automóvel, outro fator que influencia na tomada de decisão é o gasto com combustível. Uma moto de baixa cilindrada faz uma média de 40 km/litro, enquanto que um automóvel costuma fazer uma média de 10 km/litro.
“O serviço de delivery, que era uma tendência, transformou-se em necessidade e impulsiona diferentes segmentos a se atualizar para acompanhar essa realidade", comenta Marcos Pavesi, que ressalta que o mercado automotivo mudou e o digital é o primeiro canal escolhido pelo consumidor que quer comprar uma moto. Por isso, padronizar e otimizar o processo da jornada do cliente são recursos importantes para evitar erros, economizar tempo e facilitar a tomada de decisão.
VEJA MAIS NO SITE DO AUTO DESTAQUE.
Comentar