Uma nova tendência perigosa está se espalhando pelas redes sociais, em quais vídeos mostram pessoas sentadas em cima de airbags que são acionados de forma remota, resultando em arremessos violentos. Enquanto algumas pessoas participam conscientemente dessa brincadeira, outras acabam sendo vítimas involuntárias de pegadinhas potencialmente perigosas.
Nesses vídeos, é possível ver o poder impressionante desses dispositivos de segurança automotiva, que lançam as pessoas para cima ou em diagonal a uma velocidade surpreendente. As bolsas de ar inflamam a uma velocidade que pode superar 300 km/h, com a abertura completa ocorrendo em menos de 50 milissegundos, uma velocidade dividida aos supercarros mais velozes e mais rápida do que um piscar de olhos.
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Veja:
Quais os perigos dessa "brincadeira"?
- Assim como os airbags podem causar queimaduras por fricção em motoristas envolvidos em acidentes, o mesmo pode ocorrer com quem se envolve nessa brincadeira. A força aplicada ao corpo de uma pessoa no momento do acionamento do airbag é tão intensa que pode resultar em hematomas imediatos e até mesmo torções.
- No entanto, o momento mais perigoso é o da queda subsequente ao arremesso. Dependendo da gravidade do impacto, uma pessoa pode sofrer lesões graves, além do risco de asfixia, especialmente se cair de barriga para baixo. Lesões por queda podem incluir hematomas adicionais, torções, luxações, fraturas ósseas, rupturas de ligamentos e outros traumatismos graves.
- As partes mais vulneráveis do corpo humano nessa situação são a região lombar, o cóccix, os punhos e os tornozelos, mas a cabeça é talvez a parte mais suscetível a lesões graves. O risco de lesões corporais e traumatismos cranianos é específico quando alguém é ejetado com força em direção ao solo.
"Traumas à cabeça podem gerar comprometimentos leves e passageiros, como sonolência, dores e até enjoos. Um exemplo típico disso são as concussões, comuns em traumas de moderada intensidade durante a prática de esportes, com ou sem perda de consciência. No entanto, há casos mais delicados, como sangramentos intracranianos que formam coágulos e que podem pressionar o cérebro, ou lesões diretas ao tecido nervoso. Essas lesões necessitam tratamento especializado e podem ter consequências neurológicas graves, principalmente se houver atraso no atendimento médico", explica André Felix Gentil, neurocirurgião do Hospital Israelita Albert Einstein, ao blog da instituição médica.
Que porra aconteceu aqui? pic.twitter.com/WvYd1dZIww
— Goleada da Zoeira (@goleadadazoeira) April 13, 2023
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