Duas vitórias conquistadas nos dois jogos disputados em Belém, no Estádio Mangueirão. Embora o Clube do Remo ainda tenha poucas chances de rebaixamento, com agora 20 pontos, o time reacende as esperanças dos torcedores em até mesmo voltar a ter possibilidades de classificação para a segunda fase da Série C do Campeonato Brasileiro, após a vitória conquistada neste sábado (5), pelo placar de 2 x 1, diante do Volta Redonda.
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Após diversas críticas realizadas, e até sendo alvo de protestos dos torcedores, o técnico Ricardo Catalá avaliou não apenas o desempenho da equipe azulina ao longo do jogo, mas sobretudo com tem sido relizado seu trabalho no comando técnico da equipe. Durante a entrevista coletiva, ele ressaltou o dinamismo dentro do futebol ao conquistar mais três pontos que afastaram ainda mais o Leão da zona do rebaixamento; explicou a escolha de jogar do Mangueirão e não no Baenão, além de destacar as perfomances de Vinicius e Muriqui, durante a disputa.
OS DESAFIOS DA PROFISSÃO
"Eu escolhi uma profissão que me oferece apenas o próximo jogo. Não sei onde estarei daqui a uma semana, dez dias ou três meses. Apesar de meu contrato ir até outubro, é incerto onde estarei em outubro, em setembro ou agosto. A vida é assim, e o futebol é dinâmico, com mudanças rápidas constantes. Vivo cada momento, cada partida. Talvez tenha sido mal interpretado quando cheguei falando isso, pois não foco apenas na tabela. Sempre temos a possibilidade de conquistar três pontos, então por que se contentar em 'negociar' apenas um? Gosto de encarar as coisas dessa forma".
JOGAR NO MANGUEIRÃO OU BAENÃO; TREINAR NO BAENÃO OU NO CT
"A minha decisão de pedir para a direção de trazer os jogos ao Mangueirão, nada tem a ver com a pressão, sobretudo no futebol, no Brasil, em Belém. O atleta de alto rendimento precisa saber lidar com isso, pois ele escolheu. Nada tem a ver com a torcida, mas sim, com a qualidade do gramado. Nós somos um time pra jogar com a bola, e esse time foi montado pra isso: jogadores técnicos com capacidade de se aproximar. E não faz sentido ter um time técnico e ser preciso disputar na porrada. Infelizmente porque acabamos que treinar muito no Baenão e o CT é muito distante com campo nao tem qualidade adequada para realizarmos trabalhos em sequência. E não vamos jogar no Mangueirão, até passar o jogo do Brasil. Vamos jogar no Baenão contra o Altos, e se alcançarmos pontuação de classificação, o primeiro jogo será também deve ser lá. Jogar com a proximidade do torcedor do campo, descorforta o adversário, isso é positivo, mas quando você joga em um campo que tem condições de criar mais finalizações com mais qualidade perto do gol, isso te aproxima mais daquilo que você construiu".
FALHA E MONUMENTAL DEFESA DE VINÍCIUS
"Vinicius é profissional experiente e já passou por momentos bons e ruins pelo Clube do Remo. É um cara que sabe o que pode acontecer, e não foi só hoje que ele decidiu o jogo pra nós. Quem se lembra de Pouso Alegre, quando o jogo estava 1 x 0, com a gente com um jogador a menos, e ele faz uma defesa que ele garante o resultado. Vai ter o dia que ele vai falhar e talvez a gente não consiga reverter, e não vai ter problema nenhum. Faz parte do futebol. Ele trabalha para que não aconteça, a gente, o treinador de goleiros, os atletas de linha trabalham para que nada disso aconteça, mas pode acontecer. E se acontecer, temos que fazer o que disse no vestiário: estender a mão não para dar um tapa no rosto, mas levantar o companheiro e ir pra próxima. Futebol é isso: condutor de bons valores e boas práticas. Tem muita criança vendo, é isso.
POSICIONAMENTO DE MURIQUI NO ATAQUE
"A equipe se comportou como deveria se comportar, empurrando o adversário, sendo forte em casa, se impondo, todos trabalharam bem nessa semana, para entregar o resultado positivo. Pra esse jogo, era a melhor formação pra ser utilizada. A gente precisava hoje de um camisa 9 com a capacidade de flutuar (pelas linhas de campo). O Muriqui não é um 9 de ofício e nunca foi na carreira, mas fez aqui boas partidas no início do ano, e hoje era um jogo em que não precisavamos de um atacante mais fixo, mais preso, porque os zagueiros deles eram mais pesados, então ele funcionou bem. Mas para o próximo jogo, ainda precisamos olhar a equipe do Manaus e entender se é melhor ele jogar de 9, jogar de 10, ou até mesmo não jogar, isso aí vamos decidir conforme entender qual a melhor formação para enfrentar o time do Manaus".
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