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MORTOS VIVOS

Verme congelado por 46 mil anos volta à vida após reanimação 

O estudo recentemente publicado revela que alguns organismos são capazes de sobreviver por períodos extremamente longos em ambientes congelados.

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Imagem ilustrativa da notícia Verme congelado por 46 mil anos volta à vida após reanimação  camera São animais de corpo cilíndrico, alongado e afilado nas extremidades, lembrando um pouco a forma de um fio ou agulha. | ( Reprodução )

Você sabe o que é nematoides? Para quem não sabe, os nematóides, são um tipo de vermes não-segmentados que pertencem ao filo Nematoda. São animais de corpo cilíndrico, alongado e afilado nas extremidades, lembrando um pouco a forma de um fio ou agulha.

Recentemente, cientistas alemães descobriram que nematóides, vermes de 46 mil anos encontrados no permafrost da Sibéria, foram trazidos de volta à vida após o descongelamento. Esses vermes pertencem a uma espécie nova, denominada Panagrolaimus kolymaensis. Surpreendentemente, ele não estava morto, mas em um estado de dormência conhecido como criptobiose.

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Sobre o estudo

O estudo foi publicado na revista PLOS Genetics e contou com pesquisadores do Instituto de Zoologia da Universidade de Colônia, do Instituto Max Planck de Biologia Celular e Genética Molecular (MPI-CBG) em Dresden e do Centro de Biologia de Sistemas de Dresden (CSBD).

A pesquisa publicado há poucos dias revela que alguns organismos são capazes de sobreviver por períodos extremamente longos em ambientes congelados.

No caso desse verme, sua criptobiose é a mais longa já registrada em nematóides e acredita-se que tenha começado no final do Pleistoceno, período que ocorreu entre 2,6 milhões e 11,7 mil anos atrás.

Antegamente, os pesquisadores só tinham evidências de que os nematóides poderiam entrar em criptobiose por menos de 40 anos. Os registros mais longos conhecidos eram de criptobiose em espécies antárticas, com 25,5 anos para o Plectus murrayi em musgo congelado a -20°C e 39 anos para o Tylenchus polyhypnus dessecado em um espécime de herbário. No entanto, a descoberta na Sibéria revelou que esses vermes puderam permanecer em estado criptobiótico por incríveis 46 mil anos.

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