"Quando dá errado, é fácil apontar o dedo", diz Fábio Bentes

Na 17ª colocação com 13 pontos conquistados, o Clube do Remo amarga a zona de rebaixamento restando seis rodadas para o término da primeira fase da Série C do Campeonato Brasileiro. A pressão é grande sobre o elenco e a diretoria. Em um momento complicado, o presidente Fábio Bentes assumiu as rédeas e disse que os jogadores não estão no Baenão para roubar a entidade.

“Temos responsabilidade e não podemos fugir dela. Sou presidente do clube. Há os profissionais que contratam, mas quem colocou os profissionais fui eu. Sou responsável e estou incomodado como qualquer torcedor. Todos os dias, quando acordo, é pensando nas soluções para tirar o Clube do Remo desta situação. Dá nossa parte, estamos dispostos a fazer qualquer coisa para que possamos retomar o caminho das vitórias e ter pelo menos a permanência na Série C garantida para o ano que vem. Mas acredito que possamos passar de fase. Matematicamente é possível e eu acredito. Sei que temos um grupo de homens, de atletas profissionais. Não temos um grupo que veio roubar, enganar o Remo. Se vermos as chances nos últimos jogos, nos assustamos com a quantidade de chutes que o clube teve e infelizmente não aproveitou. Ai vai dos ajustes da comissão com os jogadores", destacou

Se por um lado o presidente assume os erros, por outro ele quer o reconhecimento dos torcedores e de parte da imprensa paraense sobre os feitos que vem tendo no Filho da Glória e do Triunfo. Enfatizou bastante a questão financeira do clube e disse que em 2024 o Leão terá um bom caixa para começar a temporada.

“Temos que separar. Existe o futebol que precisa melhorar bastante e que oscilou muito nesses quatro anos e sete meses. Era esperado, até porque não prometi nada, por entender que era um processo de reestruturação. Precisaríamos de no mínimo cinco anos. Para se ter ideia, ano que vem vamos começar com R$ 5 milhões em caixa, isso porque quitamos as dívidas trabalhistas e agora temos esse recurso das rendas iniciais. Sempre começávamos zerados e buscávamos soluções", ponderou.

“Quando dá errado, é fácil apontar o dedo e dizer que a culpa é tua e quando dá certo não é mérito teu. Então, somos responsáveis pelas sete finais, três títulos, acesso, conquistar da reabertura do Baenão, compra do CT, assim como somos responsáveis pelos insucessos. Bato no peito e assumo que estou fazendo o máximo para que possamos corrigir", concluiu.

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