
Com jogos, orientações e muita escuta, crianças e famílias ocuparam a Praça Benedito Monteiro, no bairro do Guamá, em Belém, neste domingo (18), para aprender e conversar sobre um tema sério: o combate ao abuso e à exploração sexual infantil.
A programação foi coordenada pelo Comitê Estadual de Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescentes, com apoio da Fundação ParáPaz, do Governo do Pará, e outras instituições.
Uma das ferramentas que mais chamou atenção das crianças foi o “Semáforo do Toque”, uma metodologia visual e simples que ajuda os pequenos a entenderem os limites do toque físico.
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“O semáforo usa as cores para indicar o que é seguro e o que não é. Vermelho é onde ninguém pode tocar, como as partes íntimas. Amarelo exige atenção, e verde representa áreas seguras. A partir disso, elas compreendem melhor o que é um toque inadequado e sabem quando procurar ajuda”, explicou Angélica Guerreiro, assistente social da Fundação ParáPaz.
Além das atividades com as crianças, o evento teve foco na conscientização coletiva. Uma caminhada foi realizada no entorno da praça com distribuição de panfletos e conversas com a população.
Segundo Liani Dias, diretora de Políticas Sociais, envolver os adultos é essencial para romper o ciclo de silêncio. “Queremos que a comunidade abrace essa causa e ajude a proteger nossas crianças. Só com informação e mobilização conseguimos prevenir esses crimes”, afirmou.
Para muitas famílias, a ação trouxe aprendizado e reforçou a importância de estar atento. “Eu nunca tinha ouvido falar desse semáforo. Agora minha filha entende melhor e eu também me sinto mais preparada pra orientar ela”, contou Kerolem Almeida, que participou da atividade com a filha Ketlen, de 10 anos.
A manhã também teve brincadeiras, pintura e momentos de lazer promovidos pelo projeto Espaços Abertos, garantindo um espaço de acolhimento e leveza, mesmo diante de um tema delicado.
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O 18 de Maio é lembrado nacionalmente como o Dia de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, em homenagem à menina Araceli Crespo, vítima de um crime brutal em 1973. A data é um convite à conscientização e à ação coletiva pela proteção da infância.
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