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GUAMÁ 297 ANOS

Conheça a história do Bairro do Guamá em Belém

Descubra a rica história e cultura do Guamá, o bairro mais populoso de Belém, com 297 anos de tradição e transformação.

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Imagem ilustrativa da notícia Conheça a história do Bairro do Guamá em Belém camera A intensa produção cultural é a principal característica do Guamá | Foto: Jader Paes

O Guamá, bairro mais populoso de Belém, celebra aniversário em meio uma rica trajetória, costumes, cultura e personagens que fazem a diferença. Um bairro cheio de representatividade e peculiaridades.

Fundado em 8 de fevereiro de 1728, o bairro do Guamá completa 297 anos de existência. O surgimento se deu a partir de uma carta do então rei de Portugal, Dom João V, a um nobre português, que vivia em terras paraenses, para que ele criasse a “Fazenda Tucunduba”, que posteriormente se chamaria Guamá.

Com cerca de 100 mil habitantes, segundo o censo do IBGE de 2022, o bairro do Guamá é o mais populoso de Belém. Entretanto, esse crescimento está atrelado a um triste período da história da cidade. O historiador José Messiano Ramos, autor do livro “Entre Dois Tempos: Breve História do Bairro do Guamá”, explica que o bairro foi um espaço específico para abrigar hospitais para o isolamento de pessoas que possuíam hanseníase, popularmente conhecido como lepra naquela época. Esses hospitais foram construídos no início do século XIX e perduraram até meados do século XX.

“A urbanização do bairro se deu a partir da instalação desses hospitais, que duraram por mais de 120 anos. O hospital do Tucunduba foi o primeiro da Amazônia voltado para isolar pessoas com hanseníase. Além dele, havia mais dois hospitais de isolamento na área. Então, o aumento da população do bairro está bastante relacionado com essa questão. As famílias das pessoas internadas se mudavam para o Guamá com o objetivo de ficar perto dos parentes”, explica o historiador.

Outro fator que contribuiu para a expansão populacional do bairro foi, de acordo com Messiano, a localização próxima do centro de Belém. Com os rios que atravessam o Guamá, nordestinos, pessoas vindas do interior do Pará, dentre outros imigrantes, começaram a se instalar na região.

A triste história do crescimento do Guamá, cujo nome vem do vocabulário indígena “Rio que Chove”, foi ressignificada ao longo dos anos. Hoje, o bairro é conhecido pela alegria proporcionada, principalmente, pela sua cultura pulsante. A intensa produção cultural é, segundo o historiador, a principal característica do Guamá. “Aqui temos escolas de samba, com destaque para a ‘Bole Bole’, que é bem conhecida, grupos de boi, quadrilhas e vários terreiros de religiões de matrizes africanas”, pontua.

Na rua 25 de Junho, há também uma grande biblioteca comunitária, que além de promover atividades voltadas à leitura, abriga um acervo com mais de 10 mil livros. “O bairro do Guamá é o território de maior incidência de artistas. Moro aqui há vinte anos, e lembro que sempre circularam na minha casa vários músicos, artesões, mestres da cultura. Aqui os moradores têm um sentimento de acolhimento e um referencial cultural muito grande”, ressalta o músico e compositor, Allan Carvalho, de 49 anos. O músico destaca também que uma das vias mais conhecidas do Guamá, a Passagem Pedreirinha, tem bloco de carnaval, o terreiro de mina mais antigo do Pará, escola de samba e o Boi Malhadinho, um dos principais bois do Estado.

Revitalização

Desde o início da gestão, o Guamá está na rota dos bairros que já receberam diversas ações da Prefeitura de Belém. Uma delas, foi a reforma e revitalização do Mercado da Farinha, que em breve será entregue à população.

A obra, realizada por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedcon) e da Secretaria de Urbanismo (Seurb), vai beneficiar 160 permissionários que atuam no local, com a reforma de 113 boxes nos setores de farinha, confecção, mercearia, variedades, lanchonete e serviços. Além dos novos boxes, com cobertura metálica, reformas nas partes hidráulica e elétrica, também foram reformados 4 banheiros comuns, um banheiro para PCDs, três salas e um depósito.

De acordo com o André Cunha, titular da Sedcon, a obra no Mercado da Farinha demonstra o compromisso que a Prefeitura de Belém tem com as feiras e os mercados da cidade. “Essa reforma é de fundamental importância e demostra o comprometimento que a atual gestão tem com todos os permissionários da cidade de Belém, dando a eles condições dignas de trabalho, uma estrutura de qualidade, um local extremamente preparado e equipado para que os comerciantes possam atender visitantes e turistas com mais qualidade”.

Uma das beneficiadas com a obra no Mercado da Farinha é Kátia Luz, moradora do Guamá e trabalhadora do mercado há cinco anos. “A reforma melhorou bastante o meu trabalho. Antes, aqui era muito escuro e agora está bem iluminado. A estrutura também melhorou muito. A obra trouxe mais visibilidade para a fachada. Antes o nome do mercado era bem escondido, tinha gente que não via”, opina a comerciante, que atua no Mercado da Farinha com o conserto de calçados, bolsas, mochilas, malas e outros serviços.

Outro mercado que está em reforma no bairro e será entregue pela Prefeitura de Belém é o Complexo de Abastecimento do Guamá, que beneficiará 240 permissionários.

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Megaoperação “Belém Limpa”

A megaoperação “Belém Limpa”, da nova gestão da Prefeitura de Belém, tem sido realizada em várias ruas do bairro do Guamá, com serviços de macrodrenagem em bueiros na avenida Perimetral e retirada de lixo nos canais Santa Izabel II e Tucunduba. Além disso, logo no início de janeiro, houve um mutirão de limpeza no cemitério Santa Izabel, realizado por meio da Secretaria de Saneamento (Sesan).

A ação contou com a participação de 75 pessoas privadas de liberdade, fruto de uma parceria entre a Prefeitura de Belém e o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). Os trabalhadores realizaram atividades de capinação, varrição e pintura no local.

Ilumina Belém

Pontos estratégicos do bairro do Guamá receberam equipes de manutenção do sistema de iluminação, do projeto “Ilumina Belém”, no dia 28 de janeiro. A ação teve o objetivo de substituir as lâmpadas antigas por novas luminárias de LED.

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O trabalho de modernização da iluminação pública começou na avenida Perimetral, em frente à Universidade Federal do Pará, com a troca de luminárias em 11 pontos do Residencial Riacho Doce. Na ponte do Tucunduba foram instaladas quatro luminárias de LED e a substituição seguiu ao longo da avenida Tucunduba.

O projeto “Ilumina Belém” já garantiu a instalação de luminárias de LED em mais de mil pontos da cidade.

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