O custo da cesta básica dos paraenses voltou a apresentar alta de preço, durante o mês de maio. Segundo dados da pesquisa feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese-PA), a média de preço da alimentação está em torno de R$ 669,80, o que compromete 50,74% do salário mínimo e representa a alta de 1,37% em relação a abril.
De acordo com a pesquisa, entre os produtos que compõem a cesta e que apresentaram as maiores altas de preços, estão o quilo do tomate, que apresentou o reajuste de 9,90%, seguido do leite que registrou a alta de 4,80%, o feijão com aumento de 2,48%, a manteiga que ficou 1,37% mais caro e a farinha de mandioca que reajustou 0,40%.
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Mas, a pesquisa do Dieese-PA também apontou aumento nos cinco primeiros meses deste ano, em 4,75%, com a maioria dos produtos que compõem a cesta básica em alta. Neste cenário, o feijão sofreu o maior reajuste com 32,02%, seguido da farinha de mandioca com alta de 15,17%, o arroz com aumento de 10,45%, a manteiga 9,03%, o leite com alta de 8,64% e o quilo do tomate 7,76% mais caro.
Os últimos 12 meses, ou no comparativo de maio de 2022 a maio deste ano, também foram incluídos na pesquisa, e nesse cenário o Dieese-PA apontou a alta acumulada de 6,56%. Nesse contexto, a farinha assume o protagonismo com reajuste de quase 39%, seguida da manteiga com alta de 24,45%, o feijão 22,05% mais caro, o pão 20,82%, o leite com 19,29% e o arroz com alta de 18,11%.
ECONOMIA
Diante dessas constantes altas, os consumidores procuram meios de economizar na hora de fazerem as compras. “Na verdade, eu tenho comprado menos produtos, escolhendo apenas o que é essencial mesmo e ainda assim pelos menos caros. Recorro a boa e velha pesquisa, tudo para economizar”, declarou Domingas Oliveira, 79 anos, aposentada.
“Eu tenho pesquisado muito, trocando os produtos por marcas mais em conta, aproveitando as promoções específicas por dia. Tenho consumido mais frango do que carne vermelha, porque é mais barato. Na verdade, temos que abrir mão do luxo, deixando de comprar produtos mais supérfluos para comprar mais o básico. Esperamos que melhore, porque a gente trabalha para termos mais do que o básico”, concluiu Evelise Lima, 44 anos, assistente administrativa.
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