A data mais doce do ano está chegando e além das celebrações religiosas, os chocolates ganham destaque especial nesse período de Páscoa. E quem não gosta de dar ou receber chocolates, não é mesmo? Agora, imagina só experimentar doces deliciosos, com visual, textura, aromas e sabores únicos, que combinam criatividade com os ingredientes do mais alto padrão da Amazônia.
Ovo de Páscoa concorre com preço da gasolina e carne
Ficou curioso? Pois é, o prazer em comer bem virou estilo de vida e quando o assunto é ovo de Páscoa, o visual, as combinações e, principalmente, a qualidade do produto influenciam nas escolhas. O chef, somelier e chocolatier, Fábio Sicília, que também é colunista do DOL e proprietário da fábrica Gaudens chocolate, onde são produzidas receitas exclusivas, com ingredientes regionais, de forma artesanal, lançou uma linha diferenciada que garante uma experiência única para quem deseja explorar todos os sentidos.
Ovo de Páscoa Cripioca
A grande novidade é o Ovo Cripioca, uma receita exclusiva e inovadora, com um chocolate “crisp” que, no lugar dos tradicionais flocos de arroz, é confeccionado com flocos de farinha de tapioca produzida regionalmente no interior do Pará.
“Ao contrário do tradicional crisp, os flocos de tapioca da Cripioca são mais crocantes, estimulando os sentidos, inclusive, no som da mastigação”, explica Fábio Sicilia, acrescentando que o Ovo de Cripioca foi confeccionado para a Páscoa, com o tamanho convencional, mas também em formato gigante. Delícia, né?
Sabor exótico do Brawnetone
Um outro sabor inusitado criado pelo chef e chocolatier é um brownie em forma do panettone tradicional, mas que possui em sua receita, o chocolate fabricado com cacau do Pará.
A ideia da criação exclusiva da Gaudens, segundo Fábio, nasceu em 2006 e é mais uma ótima opção para quem deseja presentear alguém nesta Páscoa.
"Eu percebi que vendia muito panetone, então eu tive a ideia de fazer um browne em forma de panettone, e eu registrei esse nome. Eles só podem ser vendidos por nós. Chegou a Páscoa e eu pensei em fazer um brawnetone em forma de ovo. Dentro dele tem uma gema de brigadeiro, tudo com o nosso chocolate, com cacau do Pará e ainda tem uma tampinha para esconder a gema toda em chocolate", detalhou.
Hora de adoçar a vida!
Há dois anos que a Páscoa acontece com interrupções, por conta da pandemia. Com a retomada das atividades, o chef afirma que o momento agora é de grandes expectativas.
"Com a retomada nós temos uma capacidade produtiva já para o Brawnetone porque é um clássico. O Ovo Cripioca é um produto completamente artesanal, uma criação nova. Eu tenho uma capacidade de produção de 8 a 10 unidades do normal. Com as coisas normalizando, esse ano eu já conto com uma melhora até porque nós passamos por um momento muito difícil e está na hora de adoçar a vida", completou Fábio Sicília.
Assista ao bate-papo completo com o chef Fábio Sicília sobre o chocolate paraense:
Origem da tradição
A mestre em Patrimônio Cultural, Paula Calluf, conta quando e como surgiu a origem de presentear as pessoas com ovos de Páscoa.
“Antes mesmo do Cristianismo, o ovo já possuía a simbologia associada a vida e fertilidade. Contudo, foi a partir da Páscoa de Jesus Cristo, ou seja, a vitória sobre a morte pela Ressurreição, que o símbolo passou a ser usado para celebrar a data. Para festejar, era costume pintar ovos de galinha com cores alegres e festivas para dar de presente para as pessoas”, explicou
No entanto, a especialista ressalta que a tradição de fazer ovos de chocolate só veio por volta do século XVIII, por iniciativa de confeiteiros europeus.
“Eduardo I, da Inglaterra, chegou a ofertar ovos banhados em ouro para súditos mais fiéis. O próprio rei Luís XIV também costumava encomendar ricos ovos recheados de presentes para dar", contou a mestre em Patrimônio Cultural.
Segundo Paula Calluf, com o passar do tempo, os ovos começaram a ser feitos de metal, madeira e até porcelana. "E aqui eu destaco os espetaculares ovos 'Fabergé, que eram verdadeiras joias preciosas, feitas por Peter Carl Fabergé e sua equipe, em fins do século XIX, para os czares da Rússia", finalizou.
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