Fora do ar desde a noite da última quarta-feira (26), o aplicativo de mensagens Telegram está no meio de uma disputa judicial que pode resultar na paralisação permanente do funcionamento do app no Brasil.
Por determinação da Justiça brasileira, o app foi temporariamente banido do país após suposta falta de colaboração dos desenvolvedores com uma investigação conduzida pela Polícia Federal acerca da atuação de grupos extremistas e neonazistas no Brasil, os quais usavam do aplicativo para se comunicar e difundir suas ideias e ações criminosas.
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Após a suspensão, o cofundador do Telegram, Pavel Durov, se posicionou sobre a decisão judicial de suspender o serviço no Brasil e disse que o pedido da PF era "impossível".
"No Brasil, um tribunal solicitou dados que são tecnologicamente impossíveis de obter. Estamos recorrendo da decisão e aguardando a resolução final. Não importa o custo, defenderemos nossos usuários no Brasil e seu direito à comunicação privada", afirmou Durov, ao revelar que a empresa está recorrendo contra a suspensão.
De acordo com a Polícia Federal, a demora do Telegram em fornecer os dados permitiu que os grupos neonazistas investigados fossem excluídos da rede, prejudicando o andamento dos trabalhos dos agentes.
Em tom mais crítico, Durov ressaltou que, quando leis locais vão contra a missão do Telegram, o aplicativo se vê obrigado a deixar esses mercados.
"No passado, países como China, Irã e Rússia proibiram o Telegram devido à nossa posição de princípio sobre a questão dos direitos humanos. Tais eventos, embora infelizes, ainda são preferíveis à traição de nossos usuários e às crenças nas quais fomos fundados", destacou.
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