Projeto tirolesa no Pão de Açúcar gera protestos no RJ

Está prevista para o início do segundo semestre deste ano a inauguração de uma tirolesa entre o Pão de Açúcar e o Morro da Urca, no Rio de Janeiro. A nova atração é anunciada pela empresa Parque Bondinho Pão de Açúcar como um “presente para o Brasil”, porém não tem sido bem recebida por entidades montanhistas.

Serão quatro linhas de tirolesa, em uma descida de 55 metros de extensão, com velocidade máxima de 100 quilômetros por hora (km/h). A duração do percurso será de quase 50 segundos. Até 100 pessoas poderão usar a tirolesa por hora.

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Quem é contrário ao projeto alega que ele vai impactar negativamente o monumento natural e a região como um todo. Inúmeras mobilizações foram feitas, interferindo no andamento das obras, que ficaram paradas quase um mês paralisadas, mas retomadas no fim do último mês.

Quem é contra o projeto?

O principal grupo de oposição ao projeto é o Movimento Pão de Açúcar Sem Tirolesa, que alega ser formado por moradores do bairro da Urca, montanhistas, defensores do patrimônio, ambientalistas, pesquisadores e geólogos.

Eles argumentam que as licenças do projeto estariam irregulares. O impacto ambiental teria sido subavaliado e haveria erros técnicos. O corte nas rochas, por exemplo, para a instalação da tirolesa representaria um sério risco geológico.

Dizem também que os testes de ruído da tirolesa foram imprecisos e não mediram corretamente o impacto sonoro.

Outra entidade que não quer a instalação da tirolesa é a Associação de Moradores da Urca. Os integrantes alegam que o projeto “vai descaracterizar o monumento”.

A Federação de Esportes de Montanha do Estado do Rio de Janeiro (Femerj) também disse ser contrária às intervenções nos cumes do Morro da Urca e do Pão de Açúcar.

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